Ação contra desvios de R$ 20 milhões em prefeituras tem 3 presos na Bahia

vemvercidade 19 Dez, 2017 00:30 - Atualizado em 19 Dez, 2017 00:39 Do G1-BA
Foram apreendidos documentos, planilhas de propinas, celulares e objetos eletrônicos
Divulgação/MP-BA Foram apreendidos documentos, planilhas de propinas, celulares e objetos eletrônicos

Três pessoas foram presas temporariamente e seis mandados de busca e apreensão foram cumpridos durante a 6ª fase da Operação Adsumus, deflagrada pelo Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA) nesta segunda-feira (18).

A ação teve como objetivo apurar crimes contra a administração pública, fraudes em licitações e contratos praticados entre os anos de 2012 e 2016 nas prefeituras de Muritiba e Santo Amaro, na região do recôncavo da Bahia.

Os promotores de Justiça registraram que cerca de R$ 20 milhões foram desviados dos cofres públicos no período investigado.

Outros dois alvos de prisão temporária ainda não foram encontrados, segundo informações do MP-BA. Foram apreendidos documentos, planilhas de propinas, comprovantes de depósitos bancários e de transações financeiras, celulares e outros objetos eletrônicos. Os nomes dos alvos dos mandados não foram divulgados.

Os mandados foram cumpridos nas cidades de Salvador, Lauro de Freitas e Cruz das Almas. A operação foi realizada por intermédio Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais (Gaeco), da 1ª Promotoria de Justiça de Santo Amaro e da Promotoria de Justiça de Muritiba. Os envolvidos responderão pelos crimes praticados contra administração pública, fraudes em licitações e contratos.

Os desvios, segundo a investigação, eram feitos pela gestão passada da prefeitura de Santo Amaro, por meio da aquisição fraudada de material de construção, aluguel de máquinas e veículos e em licitações de obras públicas.

Novos desvios, por meio de fraudes na aquisição de combustível junto à empresa RL Derivados de Petróleo e na contratação do serviço de limpeza pública junto à empresa MRC Construções, foram descobertos através de colaboração premiada, homologada pelo Tribunal de Justiça da Bahia no ano de 2016, conforme o MP.

A quinta fase havia sido deflagrada em julho deste ano e mirou o alto escalão da gestão de Santo Amaro.

A ação desta segunda contou com o apoio da Coordenadoria de Segurança Institucional e Investigação do MP (CSI), de promotores de Justiça da Bahia e das Polícias Rodoviária Federal e Militar, que auxiliaram no cumprimento dos mandados.