Acidente com avião da Chapecoense foi um ‘homicídio’, diz ministro boliviano
O ministro da Defesa da Bolívia, Reymi Ferreira, afirmou nesta sexta-feira (9) que a queda do avião da Chapecoense na Colômbia, que deixou 71 mortos, foi um “homicídio”. Morreram jogadores e dirigentes da equipe catarinense, além de jornalistas e tripulação.
“Não foi um acidente. Na realidade foi um homicídio”, disse Ferreira em entrevista à rádio paraguaia ABC Cardinal. Ele afirmou que se o piloto Miguel Quiroga tivesse seguido as normas de aviação, a tragédia não teria acontecido.
“Há uma norma internacional que estabelece que você tem que ter pelo menos uma hora e meia de autonomia a partir do cálculo da chegada a seu destino. E ele tinha, de acordo com o plano de voo exatamente a mesma quantidade de combustível para as quatro horas e vinte minutos que supostamente iria durar o voo”, afirmou.
O ministro afirmou ainda que Quiroga tinha costume de burlar as regras. “E isso não foi feito uma vez. Essa companhia aérea, esse piloto, fez isso cinco vezes”, afirmou
“É preciso investigar que relação existia entre o gerente da LaMia (Vargas) e seu filho, que era um dos responsáveis da direção-geral da Aeronáutica Civil, que é a que outorga as permissões de licenças de aeronáutica. Esse é um elemento em que possivelmente há tráfico de influência”, disse o ministro à rádio.
“Na Bolívia, a autorização de uma companhia aérea, ao menos desse tipo, demora muitíssimo. E chama atenção a rapidez e os poucos requisitos que foram pedidos. Há uma suspeita da parte do governo e do Ministério Público, que nesse caso está investigando, de que teria havido um tráfico de influência”, finalizou.