Antes sedentários, paralímpicos contam que buscaram o esporte como reabilitação

vemvercidade 02 Set, 2016 13:11 - Atualizado em 02 Set, 2016 13:16
São Paulo - Atletas paralímpicos da equipe de remo fazem aclimatação para os Jogos Paralímpicos Rio 2016 na Raia Olímpica da Universidade de São Paulo.
Rovena Rosa/Agência Brasil São Paulo - Atletas paralímpicos da equipe de remo fazem aclimatação para os Jogos Paralímpicos Rio 2016 na Raia Olímpica da Universidade de São Paulo.

EBC

Entre os atletas que vão disputar os Jogos Paralímpicos deste ano, no Rio de Janeiro, há vários que só conheceram o esporte depois de sofrer algum acidente ou de uma doença que os deixou com sequelas. Muitas vezes, a busca pela prática esportiva começa como forma de reabilitação.

Esse é o caso do atleta Thiago Paulino dos Santos, de 30 anos, que vai competir pela primeira vez em uma paralimpíada, pelo atletismo (arremesso de peso). Após sofrer um acidente de trânsito em 2010, ele teve que amputar a perna esquerda abaixo do joelho.

"A amputação me trouxe para o esporte. Nunca imaginei que poderia chegar onde eu cheguei. Quando comecei, era mais um hobby, mais para fazer o trabalho físico. Na academia, comecei a desenvolver, recebi o convite para conhecer o esporte e deu certo”, conta. Para ele, a principal importância do esporte para pessoas com deficiência é a inclusão social. “A gente aprende a não reclamar da vida”. Antes do acidente, Thiago trabalhava como segurança.

Logo após o acidente, a esposa de Thiago descobriu que estava grávida. “Foi uma mistura de sentimentos. Tinha acabado de perder uma perna, não sabia o que ia fazer da vida. Hoje, graças a Deus, consigo viver do esporte, dar um suporte para a minha filha. Ela é minha fã número um, tem orgulho de falar que o pai dela é um paratleta”, conta Thiago, que ganhou medalha de ouro no arremesso de peso e bronze no lançamento de disco nos Jogos Parapan-Americanos de Toronto, no ano passado.