Ato 'Fora Temer' reúne 100 mil pessoas no Rio de Janeiro

vemvercidade 29 Mai, 2017 01:07 - Atualizado em 29 Mai, 2017 02:09 Com informações da Folhapress
MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) classificou o ato como histórico.
Foto: Reuters MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) classificou o ato como histórico.

O ato que envolveu artistas, políticos e movimentos sociais na Praia de Copacabana neste domingo (28), no Rio, pedindo a saída do presidente Michel Temer e eleições diretas, reuniu cerca de 100 mil pessoas, segundo os organizadores. As informações são do jornal online da Folha de S. Paulo.

O momento mais esperado contou com as apresentações dos cantores Caetano Veloso e Milton Nascimento. Caetano pediu, por diversas vezes, a saída do peemedebista do poder, além de cantar músicas como "Podres Poderes".

O ato foi organizado pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, que reúnem grupos sindicais e movimentos sociais. A Polícia Militar fluminense não divulga estimativa de público de manifestações.

Ao longo da tarde, passaram pelo local os cantores Otto, Teresa Cristina, Mosquito, Mart'nália, Maria Gadú, Mano Brown, Criolo, entre outros. O ator Wagner Moura comandou a maior parte da manifestação, chamando ao palco os artistas e fazendo pronunciamentos. Ele também descreveu o dia como um momento histórico.

Os artistas fizeram questão de dizer que o ato não era apenas pela saída do presidente, mas também contra as reformas propostas por seu governo.

(Foto: Povo Sem Medo)

O ato começou por volta das 11h. A primeira parte foi marcada por falas de parlamentares da oposição e representantes de movimentos sociais.

O público do ato misturava militantes de centrais sindicais, com bandeiras de CUT, CTB e sindicatos, jovens e famílias. Foi a maior manifestação pela renúncia de Michel Temer e convocação de eleições diretas desde a manifestação da última quarta-feira (24), que acabou em violência, em Brasília.

Uma proposta de emenda à Constituição prevê novas eleições em caso de vacância da Presidência. Pela regra atual, a substituição de Temer seria feita por eleição indireta, a cargo do Congresso Nacional, já que ele ultrapassou a metade do mandato.