Bahia é estado do NE com mais casos de auxílio doença por depressão

vemvercidade 12 Out, 2016 14:00 - Atualizado em 12 Out, 2016 12:11
Os casos de depressão já são um dos principais motivos de afastamento do trabalho e merecem atenção dos brasileiros e de seus empregadores.
Reprodução/Correio Os casos de depressão já são um dos principais motivos de afastamento do trabalho e merecem atenção dos brasileiros e de seus empregadores.

Os casos de depressão já são um dos principais motivos de afastamento do trabalho e merecem atenção dos brasileiros  e de seus empregadores. A Bahia é o estado número um do Nordeste quanto à concessão de auxílio doença por motivo de episódios depressivos. No Brasil, a Bahia ocupa a oitava posição no ranking dos 26 estados e Distrito Federal. De acordo com dados da Previdência Social na Bahia, este ano, somente até setembro, já foram concedidos 1.387 pedidos de auxílio doença por motivo de depressão no estado. O número dos primeiros nove meses do ano representa um aumento de 14,81% em relação a 2015, quando foram concedidos 1.208. No ano anterior, 2014, o estado chegou a registrar 1.724 casos de afastamento do trabalho com auxílio doença por este motivo.


Futuro preocupante

A longo prazo, as estimativas da OMS (Organização Mundial da Saúde) também não são animadoras. Na próxima década, a depressão será a doença mais comum no mundo, ultrapassando problemas cardiovasculares e até o câncer. Estudos da organização mostram que a evolução do quadro está se agravando há décadas. Entre 1990 e 2013, o número de pessoas com depressão e/ou ansiedade aumentou em quase 50%, passando de 416 milhões para 615 milhões - cerca de 10% da população global. Um estudo da própria OMS sobre os impactos deste tipo de doença na produtividade do trabalho mostra que cada US$ 1 investido no tratamento para depressão e ansiedade gera um retorno de US$ 4 por meio de melhorias na saúde e na capacidade de trabalho do paciente.

Brasileiro tem menos medo do desemprego

O brasileiro começa a dar sinais de que avalia que o pior da crise já passou. O Índice de Medo do Desemprego (IMD), medido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), atingiu, em setembro, 61,2 pontos. O resultado, anunciado ontem, segue acima da média histórica, de 48,2 pontos, mas representa uma queda de 6,7 pontos em relação ao dado anterior, de junho, e um recuo de 3,9 pontos ante setembro de 2015. Quanto maior o índice, maior o medo da população em perder o emprego. De acordo com a CNI, o medo de desemprego é maior entre os entrevistados com renda familiar mais baixa (67,9 pontos até dois salários mínimos). Entre aqueles com renda superior a cinco salários mínimos (mais de R$ 4,4 mil), o IMD foi de 49,8 pontos em setembro.