Baianos são vítimas do conhecido golpe do falso sequetro
Apesar das estratégias de fisgar as vítimas por meio de vírus maliciosos e fraudes utilizando aplicativos de mensagem, existem também os falsos sequestros. Apesar de antiga, a prática delituosa ainda é comum. Foi o que aconteceu com a lavradora Gisélia Santos, de 46 anos, moradora do município de São Felipe. Ela recebeu a ligação de bandidos informando que haviam sequestrado a filha dela, que estuda em Salvador.
“Era uma ligação de um número desconhecido. Ao atender, ouvi uma menina gritando, chorando e pedindo socorro. Ela falava: 'mãe, eles me pegaram aqui, estão apontando uma arma para minha cabeça'”, conta. Assustada, ela falou o nome da filha, o que deu mais munição para a ação dos criminosos, que pediram o pagamento de R$ 3 mil para o resgate. Ela chegou a informar que não tinha toda a quantia, mas a pessoa do outro lado da linha passou o número da conta e pediu que ela fizesse o depósito do dinheiro que tinha disponível.
“Como que eu moro na zona rural de São Felipe, a sete quilômetros de distância do centro da cidade, não encontrava ninguém para me levar à cidade. Nesse meio tempo, meu marido chegou e me viu desesperada. Ele começou a ligar para as pessoas da família, e ficou logo todo mundo desesperado”, conta Gisélia, que continua: “Meu irmão chegou a me alertar que isso poderia ser golpe, mas como eu não conseguia falar ou localizar minha filha, não estava disposta a pagar o preço”, lembra a lavradora. Só depois de muito tempo a família conseguiu falar com a filha dela e confirmar que estava tudo bem e que a história era um golpe.