Com homenagem a Rogéria, Parada Gay reúne multidão no centro de Salvador
Entre as praças do Campo Grande e Castro Alves, em Salvador, uma multidão fez um carnaval fora de época para celebrar o direito de "Viver livre na cidade que amamos", tema da 16ª Parada do Orgulho LGBTI (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais, Transgêneros e Intersexuais). A festa ocorreu entre a tarde e à noite deste domingo (10).
A produção do evento estimou que cerca de 900 mil pessoas estiveram nas ruas acompanhando sete trios que desfilaram pelo centro da capital. O destaque ficou por conta de um trio com shows das cantoras Lorena Simpson, Karol Conka e Valesca Popuzada. Em apresentações individuais ao longo do circuito, as artistas defenderam o respeito pela diversidade.
(Foto: Henrique Mendes/G1)
Na abertura da festa, o trio do Grupo Gay da Bahia (GGB) fez uma homenagem a atriz e cantora Rogéria, travesti que ficou conhecida pela luta contra a homofobia e que morreu no dia 4 de setembro, após complicações provocadas por uma infecção urinária. O trio foi intitulado como "Palco Adorável Rogéria".
Luiz Mott, fundador do Grupo Gay da Bahia (GGB), disse que, além de promover a alegria, a Parada Gay de Salvador quer chamar atenção da sociedade civil e dos governos para uma triste realidade.
"O Grupo Gay da Bahia denuncia - num dia de alegria, de festividade -, que a Bahia continua liderando a lista dos assassinatos de gays, travestis, lésbicas e transexuais no Brasil. Chega de homofobia".
Atrás dos trios, Joedson Gomes ressaltou que a Parada Gay é um ato político, que vai além de uma simples festa.
"A parada gay é mais que festa, do que carnaval fora de época. É uma luta. A gente está aqui na rua, com esse brilho, esse colorido, para mostrar que a gente não morde, que podemos ser amigos e todo mundo viver em paz, em comunhão".
(Foto: Henrique Mendes/G1)