Criatividade de fisioterapeuta brasileiro ajuda em recuperação de pacientes; Cadeira feita com tubos de PVC

vemvercidade 12 Ago, 2016 13:10 - Atualizado em 12 Ago, 2016 13:24
Existem cadeiras desse tipo para comprar que são mais sofisticadas, mecanizadas, mas sabemos que no setor público não temos essa disponibilidade
Luís Antônio Nunes / Divulgação Existem cadeiras desse tipo para comprar que são mais sofisticadas, mecanizadas, mas sabemos que no setor público não temos essa disponibilidade

Um fisioterapeuta brasileiro criou uma cadeira feita com tubos de PVC que está mudando o cotidiano na UTI do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, em São Paulo,  desenvolvida por Luís Antônio Nunes serve de apoio a pacientes que não conseguem se manter sentados, com ela as pessoas internadas podem se sentar à beira da cama para fazer as sessões de fisioterapia.

A cadeira de PVC ajuda ainda a evitar complicações causadas por passar longos períodos na mesma posição, sem o equipamento, os pacientes têm de ser retirados do leito e sentados em uma poltrona, o que envolve mais riscos e mão de obra, já que sem o equipamento são necessários dois profissionais, um para sustentar o tronco do paciente e outro para ajudá-lo a fazer a rotina de fisioterapia.

A cadeira teve um protótipo de madeira e espuma, mas a estrutura ficou muito pesada e o não deu certo, o fisioterapeuta  teve a ideia de usar PVC ao assistir a vídeos na internet que ensinavam a fazer objetos com esse tipo de material. O material para construir o aparato gira em torno de R$ 70.

“Foi por tentativa e erro. Medi o que seria o comprimento para acomodar braço do paciente adulto, o comprimento do tronco, como daria a estabilidade para trás e para os lados e fui aprimorando”, disse o criador ao G1.

A cadeira feita nesses moldes já está sendo usada em instituições no Acre, Paraíba, Piaui e Mato Grosso, o equipamento não tem patente o que permite reprodução desse invento simples pelo Brasil.

A fisioterapeuta Graziela Ultramari de Lima Domingues, chefe da sessão de reabilitação do Emilio Ribas, diz que a cadeira foi uma solução barata e criativa para lidar com uma limitação do serviço,  afirmou ainda que dispositivo é barato, fácil de montar e foi aprovado pela comissão de controle interno de infecção hospitalar, pois pode passar por um processo de desinfecção entre um paciente e outro. Para ela, Nunes foi além de sua função. Essa visão que ele teve, de preocupação com o bem-estar dos pacientes, fez a diferença no nosso serviço para os pacientes da UTI.

Com informações do G1