Depois de quase um ano, inquérito sobre sumiço e morte da menina Gabrielly ainda não foi concluído na Bahia

vemvercidade 13 Jan, 2018 02:25 - Atualizado em 13 Jan, 2018 02:28 Do G1-BA
Gabrielly Gomes de 7 anos sumiu e depois foi encotrada morta na Bahia
Reprodução/Facebook Gabrielly Gomes de 7 anos sumiu e depois foi encotrada morta na Bahia

inquérito que apura o sumiço e a morte da menina Gabrielly Gomes Santana, de sete anos, que desapareceu há quase um ano, quando brincava na frente de casa, no bairro Gabriela, em Feira de Santana, a cerca de 100 quilômetros de Salvador, ainda não foi concluído. De acordo com o coordenador regional de polícia, o delegado Roberto Leal, que investiga o caso, já existe uma suspeita da motivação do crime.

Gabrielly sumiu no dia 21 de janeiro de 2017. No dia 14 de fevereiro do mesmo ano, um crânio foi encontrado queimado e, após exame, foi constatado no mês de abril que pertencia à menina. A ossada da garota foi localizada a 5km do local onde ela foi vista pela última vez.

O delegado não deu detalhes sobre a motivação do crime, nem o que levou às suspeitas da polícia, para não atrapalhar as investigações. Entretanto, ele disse que alguns detalhes da apuração não ficaram claros no inquériro, nove meses após a confirmação da morte da criança. "Alguns dados estão obscuros. Ainda não posso detalhar quais são esses dados, mas o veículo supostamente usado no crime, por exemplo, nunca foi encontrado. Precisamos descobrir detalhes como esses, analisar imagens onde aparecem o carro", explicou Leal.

Roberto Leal disse que após ele fazer alguns pedidos para aprofundamento do caso, pode ser que análises sejam feitas novamente e, caso necessário, testemunhas sejam ouvidas mais uma vez. "Recebemos algumas informações e não houve aprofundamento delas. Não sabemos se esses fatos são verídicos ou não, precisamos identificá-los", disse.

O delegado destacou ainda que os parentes da menina não acreditaram que ela estivesse morta, e por isso pediram, em novembro do ano passado, a exumação do corpo da criança. Conforme apontou Leal, contudo, o laudo do DNA foi taxativo e apontou que de fato, se tratava do corpo de Gabrielly.

O Caso

A avó da garota, Maria da Glória Costa Gomes, contou que a menina brincava sozinha na porta de casa, quando sumiu. Maria da Glória morava com a menina desde que ela tinha dois anos. A idosa ficava com a neta, para a mãe da garota, Jeisa gomes, poder trabalhar.

Ainda segundo a avó da criança, uma testemunha relatou ter visto um carro rondando a região no dia do desaparecimento. De acordo com Maria da Glória, assim que a menina sumiu, ela e a mãe da criança foram à delegacia registrar a ocorrência.

Os pais de Gabrielly são separados, mas o pai era presente na rotina da criança e a guarda era compartilhada. No fim de março, dois meses após o desaparecimento de Gabrielly, Jeisa afirmou em entrevista que ainda tinha esperança de encontrar a filha viva.

Os restos mortais de Gabrielly Gomes Santana foram enterrados no cemitério Cemitério São Jorge, em Feira de Santana, no dia 28 de abril de 2017. O sepultamento da criança estava marcado para o dia 27 de abril, mas foi adiado após um suposto erro no atestado de óbito, que impediu os pais de realizar a cerimônia de despedida.

O impasse foi resolvido após o pai da garota conseguir o carimbo do médico que faltava na guia de sepultamento, mesmo após o Departamento de Polícia Técnica (DPT) esclarecer que não há obrigatoriedade na utilização do carimbo para a emissão da declaração de óbito.