Diretora do Tarcilina Borges de Barros fala sobre o fechamento da unidade escolar
O Colégio Tarcilina foi fundado em 04 de Abril de 1967. Ao longo de cinco décadas de funcionamento carregou o legado de sua patroniza, a professora Tarcilina Borges de Barros, primeira docente de Santaluz.
Após 50 anos, a unidade escolar encerrou suas atividades de ensino, a decisão foi anunciada durante um encontro ocorrido na última quarta-feira (1°), que contou com a participação da direção da escola, de representantes do Núcleo Regional de Educação – NRE 04 – Serrinha e da comunidade.
Em conversa com o Vem Ver Cidade, a professora Jussara Borges, que há 8 anos está na direção da escola, revela momentos marcantes que vivenciou no Tarcilina, os avanços obtidos nos últimos anos, e lamenta o fechamento da instituição de ensino.
Passaram pela Escola diversos alunos, entre eles, a professora Maria Helena, atual diretora do CEEP Paulo Freire.
“Ao longo dos oito anos de atuação na instituição, presenciei diversas vezes ex alunos visitarem a escola para matar a saudade e falar sobre o que aprendeu na instituição. Formamos diversos profissionais, das mais diversas áreas que já contribuíram ou ainda hoje contribuem para o crescimento da cidade”, revelou.
“O nosso maior público sempre foi dos alunos dos bairros Jardim Luzense e Nova Esperança. Atuamos com o programa Mais Educação. Hoje temos alunos desses bairros atuando no Handeibol, Jiu Jitsu, Karatê e música, a partir das oficinas desenvolvidas na escola”, ressaltou.
Segundo a Gestora, as justificativas apontadas pela Secretaria de Educação para encerramento das atividades da unidade escolar, é a crise, ou seja, redução de gastos. Mas também diz ser a redução do público estudantil. “Lógico que haveria redução se ao longo de quatro anos, diante da tentativa de novas ofertas, o reordenamento da rede sempre negou”, lamentou.
Ainda de acordo com Jussara Borges, foram enviadas a Secretaria de Educação várias propostas de contracepção ao encerramento das atividades de ensino. “Tentamos curso técnico (já que já atuávamos como escola compartilhada do CEEP Paulo Freire com turmas do Pronatec); tentamos o ensino médio regular no diurno; tentamos a transformação da escola em Centro Juvenil; Nossa última tentativa foi a implantação do Ensino Médio de Educação Integral. Não nos deram a oportunidade de mostrar que tínhamos pessoas interessadas em se matricular”, argumentou.
Para a reportagem, a diretora disse que haverá uma equipe cuidando de transferências, atestados para quem deseja matricular-se em outra Unidade Escolar. Após o prazo, toda a documentação (de 1971 a 2016 anos de funcionamento da escola sob a tutela da secretaria de educação do estado) será enviada para o Núcleo Regional de Educação (NRE). Ou seja, se posteriormente um ex-aluno precisar de algum documento, terá que ir para Serrinha.
Segundo a gestora, os alunos serão remanejados para outras unidades escolares, a partir da escolha de cada um. Os documentos de transferência já estão sendo confeccionados, mas os atestados já estão prontos. Os profissionais também estão sendo remanejados para outras unidades escolares. “Ficarão ainda alguns trabalhando nesta parte burocrática dos documentos que serão enviados para o NRE”, finalizou Jussara Borges.