Ensino superior impede a graduação de alunos com necessidades especiais, diz Diretora do MEC

vemvercidade 13 Ago, 2016 16:32 - Atualizado em 13 Ago, 2016 16:52
As comissões de Defesa da Pessoa com Deficiência; e de Educação da Câmara dos Deputados debateram o direito ao aprendizado ao longo de toda a vida
Reprodução/internet As comissões de Defesa da Pessoa com Deficiência; e de Educação da Câmara dos Deputados debateram o direito ao aprendizado ao longo de toda a vida

A diretora de Políticas de Educação Especial do MEC (Secadi), Patrícia Raposo, afirmou que a grade curricular exigida no ensino superior impede a graduação de alunos com necessidades especiais.

Segundo ela, mesmo com a criação dos núcleos de acessibilidade, que atendem essas pessoas, a formação educacional dessas pessoas fica comprometida já que instituições de ensino superior não permitem flexibilização no currículo, exigindo dos alunos práticas que vão além de suas capacidades.

“É fundamental, por exemplo, que um cego, que curse geologia, tenha que fazer uma disciplina onde aprender a criar maquetes?”, ressaltou ela durante audiência pública conjunta das comissões de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência; e de Educação, da Câmara dos Deputados. O debate teve como tema o direito ao "aprendizado ao longo de toda a vida", previsto pela ONU.

A conselheira do Conselho Nacional de Educação (CNE) Malvina Tuttman destacou que o órgão se concentra muito na melhoria da educação básica para os portadores de deficiência. Para ela, é necessário que se amplie as diretrizes para que possibilite aos jovens ter continuidade dos estudos no ensino superior.

Com informações da Câmara Noticias