Exército faz operação de combate ao comércio ilegal de armas na Bahia e Sergipe
O Exército iniciou uma fiscalização para combater o comércio ilegal de armas na Bahia, nesta quarta-feira (9). Ao todo, serão 20 alvos durante a operação que acontece em dois dias em comércios e clubes de tiros de Salvador, Feira de Santana, Paulo Afonso, Barreiras e Itabuna, além de Aracaju, em Sergipe, que também faz parte da 6ª Região Militar, que comanda a operação.
Representantes do Exército iniciaram a vistoria na manhã desta quarta em seis alvos de Salvador e Região Metropolitana. Os locais não foram informados. “É a sétima (vistoria) dentro do serviço de fiscalização de produtos esse ano, mas agora voltada para armamento e munição. (Antes) Estava voltado para explosivos, comércio e clubes de tiros”, explicou o coordenador da operação tenente-coronel Mauro José de Almeida. São 31 representantes do Exército atuando na operação.
Na fiscalização, o Exército atesta a situação de armazenamento e de venda do armamento. “Esses comércios que vamos averiguar é cadastrados por nós, depois que ele recebe o registro e passa a funcionar, carece de passarmos nos locais e efetuarmos a fiscalização propriamente dita”, explicou o comandante da operação. Entre os itens avaliados está a segurança do local de armazenamento, como a instalação de câmeras de monitoramento e capacidade para guardar as armas.
Além disso, também são analisados os documentos de venda para comprovar se o armamento foi vendido a quem tem o registro de porte. “Para não haver a venda indiscriminada, na hora de fazer a fiscalização também se observa a quem foi vendida as armas”, explicou o tenente-coronel. Na Bahia e em Sergipe, são 7.600 CACs (caçador, atirador e colecionador), que têm autorização para comprar as armas para uso com fins esportivos. Desses, os atiradores e colecionadores precisam pertencer aos Clubes de Tiro.
A operação é feita em conjunto com a Polícia Militar, que pode realizar prisões, caso seja necessário. As prisões ocorrem em caso de faltas graves, que são: reincidência, venda indiscriminada do armamento e armas sem comprovação.
As multas vão de R$ 500 a R$ 2 mil, mas, de acordo com o tenente Mauro, o maior dano é a interdição da operação. “O pior dano é a interdição, que pode ocorrer em caso de infrações graves”, explicou.