Família quer 'apuração célere' sobre sumiço de professor em Santaluz
Ao site G1, Fábio Bandeira, que é irmão do professor desaparecido, tem a sensação de que as investigações não avançam.
"Parece que estão estagnadas. Não sei se é por causa das festas juninas", relata. Para saber qual o andamento das apurações, ele diz que a família marcou um encontro com delegado do município de Santaluz.
"A gente tem uma audiência com o delegado amanhã [quinta-feira]. A gente pediu o encontro para esclarecer algumas coisas. A gente está esperando o resultado das investigações", argumenta.
A ansiedade da família tem explicação. O segundo corpo encontrado carbonizado no carro, que a polícia suspeita que seja do professor desaparecido, ainda não foi identificado 19 dias após o crime. O Departamento de Polícia Técnica (DPT) diz que o corpo foi submetido ao exame de DNA, mas que não há um prazo definido para divulgação do resultado. O órgão diz que o grau de carbonização do corpo exige um trabalho mais cauteloso das equipes de perícia.
Edivaldo Silva, que teve o corpo identificado, atuava na unidade como professor de disciplinas da área de exatas (matemática, física e química). Já Jeovan Bandeira, que segue desaparecido, era vice-diretor da escola.
"A comunidade escolar ficou completamente abatida. Eles tinham um ótimo relacionamento com os alunos. Edivaldo, por exemplo, era presidente do nosso colegiado. Jeovan era uma pessoa extremamente diplomática. Eram pessoas que a gente precisava para a educação", atesta.
Como o caso ocorreu em 10 de junho, uma semana antes do início do recesso junino, Ananias Filho destaca que os alunos de Edivaldo Silva não precisarão ter as aulas do primeiro semestre do ano repostas. A expectativa é de que o ano letivo seja retomado em 4 de julho e que um docente do Regime Especial de Direito Administrativo (REDA) da própria unidade lecione as disciplinas.
Já sobre Jeovan Bandeira, que era vice-diretor, Ananias Filho diz que aguarda a decisão do Secretaria de Educação (SEC). Independentemente da retomada das atividades, o diretor desabafa que a escola "continua abalada" com o crime que segue sem resolução.