Filme brasileiro 'Pequeno Segredo' está fora da corrida do Oscar

vemvercidade 16 Dez, 2016 17:00 - Atualizado em 16 Dez, 2016 12:00
Cena do Filme
Reprodução Cena do Filme

O filme nacional "Pequeno Segredo", de David Schurmann, está fora da corrida para o Oscar. O drama dirigido pelo catarinense era a escolha brasileira para tentar uma das vagas na categoria de melhor filme estrangeiro.

A lista de nove finalistas, também conhecida como "shortist", foi divulgada nesta quinta (15). Nela estão filmes elogiados como "Toni Erdmann", de Maren Ade (Alemanha) e "É Apenas o Fim do Mundo", de Xavier Dolan (Canadá). Esses longas disputarão as cinco vagas de filmes indicados ao Oscar, que só serão anunciadas em 24 de janeiro. A cerimônia está marcada para 26 de fevereiro, em Los Angeles.

À Folha, o diretor do longa afirmou que "não ir ao Oscar não desmerece 'Pequeno Segredo'" (leia o texto de Schurmann na íntegra).

Autobiográfico, "Pequeno Segredo" gira em torno da história da adoção de uma menina soropositiva pela família de velejadores Schurmann. A sua escolha para representar o Brasil, feita por uma comissão instituída pelo governo, foi marcada por controvérsia. Isso porque o favorito à vaga era "Aquarius", de Kleber Mendonça Filho, que estreou na competição do Festival de Cannes, em maio, sob um protesto feito pela equipe do filme contra o impeachment de Dilma Rousseff.

A indicação de Petrucelli motivou na classe cinematográfica a acusar o governo Temer de estar retaliando "Aquarius" por causa do protesto em Cannes. Conforme aumentou a controvérsia, dois integrantes do comitê -o diretor Guilherme Fiúza Zenha e a atriz Ingra Lyberato- deixaram o posto e foram substituídos pelos cineastas Bruno Barreto e Carla Camurati.

O Brasil foi indicado quatro vezes ao Oscar de melhor filme estrangeiro: por "O Pagador de Promessas" (1963), "O Quatrilho" (1996), "O Que É Isso, Companheiro?" (1998) e "Central do Brasil" (1999). Mas nunca levou o prêmio.

Confira a lista dos nove finalistas:

  • "Tanna", de Bentley Dean e Martin Butler (Austrália)
  • "É Apenas o Fim do Mundo", de Xavier Dolan (Canadá)
  •  "Land of Mine", de Martin Zandvliet (Dinamarca)
  • "Toni Erdmann", de Maren Ade (Alemanha)
  • "O Apartamento", de Asghar Farhadi (Irã)
  • "The King's Choice", de Erik Poppe (Noruega)
  • "Paradise", de Andrei Konchalovsky (Rússia)
  • "A Man Called Ove", de Hannes Holm (Suécia)
  • "My Life as a Zucchini", de Claude Barras (Suíça)