Forró peder espaço pra \"Modismo\" no São João da Bahia

vemvercidade 25 Jun, 2016 18:02 - Atualizado em 25 Jun, 2016 18:09

Depois da substituição dos coretos por grandes palcos, o São João na Bahia vive nova fase de mudanças. A indústria do entretenimento descobriu a festa que atrai para o interior 960 mil pessoas de Salvador, de outros estados e até de outros países. A tradição da fogueira, do licor e do forró com sanfona e zabumba está perdendo cada vez mais espaço para as festas de camisa, camarotes e mega espetáculos, com a presença de artistas da axé music.

O Estilo musical, a dança, a festa, tudo junto ou separado o ritmo que embala ou embalava as festas juninas em todo país, é mais uma herança africana incorporada à cultura brasileira. Pelo menos é o que diz o historiador e folclorista potiguar Luis da Câmara Cascudo. Para ele, a palavra Forró vem do termo Forrobodó, de origem africana que significa: arrasta-pé, farra, confusão, desordem. Essa versão é também a mais aceita por estudiosos do tema.

O forró é parte importante da cultural brasileira. O ritmo é dançado juntinho, mas quem não tem par também pode arrastar o pé sozinho. De tão importante tem até um dia reservado para homenageá-lo. No entanto vem sendo dissubstituído pelos ritmos da "Moda" que estão tocando em todas as rádios, mas não representam de fato a Cultura Junina.
"a gente vê inúmeros artistas muitos caros cantando em cidade pequena, com uma programação cheia de modismo e cara. Eles diminuem os dias, mas não cortam o modismo, cortam a gente", 
Flávio José, em matéria do Bocão News.

Segunda atração da noite desta sexta-feira (24) no Pelourinho, o forrozeiro Flávio José criticou o que chamou de "modismo" nas festas juninas, o cantor pontuou ainda que aprendeu a conviver com isso. "O que a gente não pode mudar a gente aprende a conviver", afirmou em entrevista.
Com Informações do Bocão News e BBC Brasil