Funcionária boliviana é indiciada por falha em voo da Chapecoense

vemvercidade 04 Dez, 2016 09:37 - Atualizado em 04 Dez, 2016 09:40 Correios*
A denúncia foi feita anteontem e ainda será analisada pelo Ministério Público.
Divulgação A denúncia foi feita anteontem e ainda será analisada pelo Ministério Público.

A Promotoria da Bolívia denunciou uma funcionária da Administração de Aeroportos e Serviços Auxiliares à Navegação Aérea (Aasana) do país por não reportar a tempo as observações do plano de voo da LaMia que caiu perto de Medellín e deixou 71 mortos. Segundo o jornal La Razón, de La Paz, a funcionária não fez nenhuma observação a seus superiores sobre o trajeto planejado para a aeronave. De acordo com a denúncia, ela só reportou a situação no dia seguinte ao acidente.

A funcionária observou que a autonomia de voo do avião era igual ao trajeto e só estava indicado um aeroporto alternativo de aterrissagem e não dois, como exige a legislação. Esta circunstância confirmaria que a causa do acidente foi a falta de combustível do avião.

Uma fonte da Promotoria de Santa Cruz explicou que a cidadã denunciada ainda não enfrenta acusações específicas, já que a denúncia foi feita anteontem e ainda será analisada pelo Ministério Público. O governo boliviano anunciou anteriormente que vai investigar a atuação da agência, encarregada de supervisionar os planos de voo, e a Direção General de Aeronáutica Civil (DGAC), encarregada da supervisão técnica das aeronaves.

O diretor do registro aeronáutico nacional da DGAC se chama Gustavo Vargas Villegas, enquanto o diretor-geral de LaMia se chama Gustavo Vargas Gamboa.

De acordo com a imprensa local, o diretor-geral da LaMia seria pai do diretor da DGAC, suspenso junto a todas as outras pessoas que tinham cargos no organismo desde quinta-feira.