Golpe ou Não, impeachment de Dilma é realidade
Foram meses de acusações e andamento do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff em seu segundo mandato, a presidente acusa de irresponsabilidade fiscal já aguardava a conclusão do julgamento afastada do cargo, e hoje por uma votação de 61 votas a 20 ela foi condenada e destituída de seu mandato passando então o presidente interino Michel temer a ocupar definitivamente a cadeira do executivo nacional, fator que já era dado quase como certo durante o rolamento do processo.
Esse foi o segundo caso de impeachment na história do país e um grupo pró-Dilma defende a ideia de que tenha ocorrido um golpe parlamentar, onde por meio es estratégias oposicionistas um acordo velado haveria selado o destino de Dilma e o fim da era petista no poder, o fato é que com Temer o PMDB assume o governo após um momento de instabilidade política. Mesmo sem jamais ter conseguido eleger diretamente um presidente, nas últimas três décadas o partido esteve quase sempre muito próximo do poder como aliado do governo, independente de qual fosse seu espectro ideológico – se mais à esquerda ou à direita.
Para o grupo pró-impeachment as acusações feitas a Dilma e pelas quais ela foi julgada ficaram claras, baseado na edição de três decretos de crédito suplementares sem a autorização do Legislativo e em desacordo com a meta fiscal que vigorava na época, e as operações que ficaram conhecidas como pedaladas fiscais, que tratavam-se de atrasos no repasse de recursos do Tesouro aos bancos públicos responsáveis pelo pagamento de benefícios sociais, como o Plano Safra.
Após condenar a Ex-presidente Dilma Rousselff os senadores em seguida decidiram se ela perderia os direitos políticos por oito anos, mas desta vez ela saiu vitoriosa e com 42 votos favoráveis à aplicação da pena, 36 contrários e 3 abstenções pode manter seus direitos políticos.
Resta ainda a ela, solicitar que o STF (Supremo Tribunal Federal) julgue o mérito do caso (se houve ou não crime de responsabilidade); entrar com embargos de declaração, que funcionam como um pedido de revisão de uma decisão; e um pedido liminar de suspensão do processo de impeachment, na Comissão Interamericana de Direitos Humanos, ligada à OEA (Organização dos Estados Americanos), este último, já iniciado.
Três horas após o Senado afastar definitivamente Dilma Rousseff do comando do Palácio do Planalto, o presidente do Congresso Nacional, Renan Calheiros (PMDB-AL), deu posse na tarde desta quarta-feira (31) a Michel Temer no cargo de novo presidente da República.