Heróis e vilões: veja quem roubou a cena na Rio 2016
A Olimpíada Rio termina neste domingo e, apesar das polêmicas envolvendo atletas, será lembrada bem mais pelos feitos conquistados durante as provas, dos heroicos aos surpreendentes, passando ainda pelo ocaso de favoritos que, antes do tiro de partida ou apito inicial, pareciam imbatíveis, além é claro da presença dos vilões.
A BBC Brasil preparou uma lista de nomes que brilharam ou decepcionaram na Rio 2016. Confira os heróis brasileiros e os vilões que passaram pelo Rio:
HERÓIS
Rafaela Silva: Nascida a 15 minutos do Parque Olímpico, na comunidade de Cidade de Deus, a judoca foi descoberta aos oito anos de idade em um projeto social. O treinador Geraldo Bernardes viu uma combinação de talento e agressividade e moldou uma lutadora que, 16 anos depois, ganhou o ouro na categoria até 57kg e se recuperou do trauma da desclassificação nos Jogos de Londres, em 2012.
Isaquias Queiroz: Nascido em Ubaitaba, cidade baiana cujo nome em tupi-guarani é "cidade das canoas", Isaquias fez de um modo de vida sua carreira esportiva. Não apenas ganhou as primeiras medalhas da canoagem brasileira em uma Olimpíada, mas se tornou o primeiro brasileiro ao subir no pódio três vezes em uma mesma edição dos Jogos.
Diego Hypólito: Venceu a depressão e a descrença até dos dirigentes esportivos brasileiros para se recuperar de dois fracassos olímpicos e conquistar no Rio a medalha de prata no solo da ginástica artística.
VILÕES
Ryan Lochte: Por incrível que pareça, não decepcionou apenas com a história do assalto que não houve. Apesar do ouro no revezamento 4x200m, terminou em 5º lugar nos 200m medley, a prova que vencera em Londres, há quatro anos.
Justin Gatlin: As vaias para ele no Estádio Olímpico não foram apenas por causa da preferência da torcida brasileira por Usain Bolt. Para muitos fãs de esporte, Gatlin sequer deveria ter participado dos Jogos, pois foi duas vezes suspenso por doping.
Futebol feminino da Suécia: Parou EUA e Brasil com uma retranca que frustrou desde adversários a fãs neutros de futebol. Conseguiu fazer com que o público brasileiro torcesse pela Alemanha na disputa pelo ouro.
Yulia Efimova: A nadadora russa, suspensa por doping em 2015, conseguiu competir na Rio 2016 graças a um apelo junto à Corte Arbitral do Esporte e levou duas medalhas de prata. Mas foi vaiada pelo público e ignorada publicamente pelos colegas.
Renaud Lavillenie: Esteve no centro de uma polêmica envolvendo o comportamento do público brasileiro, que o vaiou durante a disputa do ouro com o brasileiro Thiago Braz no salto com vara. Também fez uma comparação inadequada com o americano Jesse Owens, o lendário velocista negro que fez história nos Jogos de Berlim de 1936 ao confrontar a "supremacia ariana" de Adolf Hitler.