Investimentos militares no governo Temer crescem 36%
Se em 2015 foi prevista pelo Ministério da Fazenda a liberação de R$ 6,73 bilhões para o setor, no fim de 2016 este valor já chegava a R$ 9,15 bilhões, um total de R$ 1,85 bilhão a mais do que estava previsto no Orçamento.
Segundo informações da Folha de S. Paulo, para este ano, o cifra é ainda maior: R$ 9,7 bilhões, embora o ministro da Defesa, Raul Jungmann, afirme que o número deverá sofrer algum corte. "O contingenciamento poderá ocorrer, está sendo discutido", diz.
Cabe a ele comandar a pasta com o segundo maior investimento por parte do governo, à frente até mesmo da Educação, que recebeu apenas R$ 5,7 bilhões em 2016.
O cenário fez muita gente lembrar das últimas manifestações Brasil afora, em que alguns grupos foram vistos pedindo a volta da ditadura militar. No entanto, o governo faz questão de rechaçar qualquer tipo de ação nesse sentido.
Para onde segue este dinheiro? Cada Força tem suas prioridades. A Marinha investe no programa de submarinos convencionais e nuclear, a Aeronáutica foca nos caças suecos Gripen e na fabricação do cargueiro e avião-tanque KC-390, da Embraer, enquanto o Exército investe no programa de proteção de fronteiras e na troca da sua frota de blindados pelo modelo Guarani.
Apesar do aumento nos investimentos, Raul Jungmann defende que os valores destinados à Defesa estão muito abaixo do aconselhável e do necessário. "Houve uma recomposição, na qual trabalhamos, mas ainda falta muito para voltarmos ao pico do começo da década de 2010", afirmou o ministro.