Lançado ao espaço satélite brasileiro que será usado para comunicações e defesa

vemvercidade 05 Mai, 2017 04:27 - Atualizado em 05 Mai, 2017 00:38 O Globo
A decolagem foi considerada perfeita pelo centro de controles da Arianespace na Guiana Francesa.
Foto: Reprodução/TV NBr A decolagem foi considerada perfeita pelo centro de controles da Arianespace na Guiana Francesa.

Depois de uma série de adiamentos, foi lançado nesta quinta-feira, a partir da base de Kourou, na Guiana Francesa, o Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGCD). O lançamento foi acompanhado pelo presidente Michel Temer em Brasília, onde ficará a base de operações do satélite.


Segundo a equipe responsável pelo foguete, na Guiana Francesa, o lançamento foi um sucesso. O satélite foi lançado às 18hXX. A previsão inicial era de que o foguete saísse às 17h50, mas uma falha detectada pelos técnicos atrasou o lançamento.


O SGCD é o primeiro satélite dedicado a comunicações militares exclusivamente brasileiro, fruto de um investimento do governo estimado mais recentemente em R$ 2,1 bilhões — incluindo os custos com a infraestrutura terrestre, lançamento e operação.


O equipamento foi construído pela empresa francesa Thales Alenia Space em contrato com a Visiona, uma joint-venture entre a Telebras e a Embraer criada especialmente para este fim, num projeto que previa transferência de tecnologia para a construção de um segundo satélite do tipo aqui no Brasil, a ser lançado possivelmente em 2020.

O satélite começará a ser operado pelo Brasil em junho. Antes, passará por testes feito pelos técnicos das Forças Armadas. Inicialmente, o equipamento vai operar apenas na chamada banda X, uma faixa de frequência destinada exclusivamente ao uso militar, correspondendo a 25% da capacidade total do satélite.


O governo também pretende usar o satélite para aumentar o controle da fronteira e monitorar melhor entrada de armas e drogas no país.


O restante, na banda civil Ka, entrará em operação em setembro, segundo o Ministério das Comunicações. A intenção do governo é que essa banda ajude na implantação do programa Banda Larga para Todos, com o qual o Executivo pretende levar acesso à internet em alta velocidade para regiões remotas do país, como a Amazônia.