Legionário Urbano: Santaluz e a crise da seca, falta água, mas não falta fé
Santaluz esta localiza na mesorregião do nordeste baiano e nossa população já conhece de perto as mazelas da seca e da falta de água nas áreas rurais e urbanas do município, que enfrenta a ausência de chuvas e a falta de políticas públicas e ações governamentais que viabilizem a recuperação do reservatório que abastece a cidade e a vizinha Queimadas.
A área urbana do município – que a cada dia se expande e ganha novos núcleos, que devem ser abastecidos pela empresa de distribuição de água que atua na Bahia, mas a falta de água nas torneiras pouco a pouco se torna uma constante, eram dias, tornaram-se semanas e algumas localidades meses que foram alcançados sem que delas pingasse uma gota – o reservatório abandonado e seco foi emergencialmente substituído por outro, mas a água ainda não cai fácil nas torneiras por aqui.
Na Zona rural, não há produtor que não tenha sentido o impacto da seca. São meses sobrevivendo com pouca água, fazendo poço, comprando carro-pipa e buscando alternativas para alimentação dos animais que sem as chuvas se torna escassas, passam o dia cortando palma ou tentando de alguma forma manter seus animais vivos, aqueles que não conseguem acabam por se desfazer das criações a preços baixos vêem o trabalho em muitos casos de gerações sucumbi a triste realidade nordestina.
Somos um povo forte aguerrido e vemos em cada nuvem que por instantes esconde o ardente sol cotidiano, ou na brisa forte do entardecer a esperança de que o jogo vire e que a chuva caia, que o mato cresça, que o bicho viva, e que a sede de dias melhores seja saciada em nossa imponente Santaluz, onde pode e falta por vezes água, mas nunca há de falta a fé de que sobreviveremos e teremos dias melhores.