Mãe alimenta filhos com comida do lixo em Feira de Santana

vemvercidade 02 Jun, 2017 15:48 - Atualizado em 02 Jun, 2017 16:43 Acorda Cidade
Ela disse que já passou mal por causa do que come e sabe que as crianças também correm riscos.
Foto: Acorda Cidade Ela disse que já passou mal por causa do que come e sabe que as crianças também correm riscos.

A rotina de Ana Cleide de Jesus Santos, 33 anos, todos os dias é sair em busca de alimento para os filhos. Por sempre receber um não ao bater na porta das casas e até mesmo ser xingada ao pedir ajuda na rua, não restou outra opção para a mãe de seis filhos (4 moram com ela) a não ser procurar por comida no lixo.

A rotina de Ana Cleide de Jesus Santos, 33 anos, todos os dias é sair em busca de alimento para os filhos. Por sempre receber um não ao bater na porta das casas e até mesmo ser xingada ao pedir ajuda na rua, não restou outra opção para a mãe de seis filhos (4 moram com ela) a não ser procurar por comida no lixo.

Ela disse que já passou mal por causa do que come e sabe que as crianças também correm riscos. Um de seus filhos, de 6 anos, tem problemas cardíacos e não fala.

“Olha aqui minha geladeira, está cheia de alimentos que peguei no lixo. A geladeira está parando de funcionar. Aqui tem muita coisa vencida, patê, suco... Já me senti mal, mas é o que temos para comer. Pego os alimentos do lixo para não passar fome, porque não temos outra opção. E ainda assim a gente corre risco porque os vigilantes vêm atrás da gente correndo e temos que largar sacola com tudo. Pegamos alimentos em um lixão que eu invado. Tenho dois filhos que moram com os avós: um de 17 e outro de 18 anos. Eles trabalham em outra cidade. Aqui eu cato café, ovos, verdura, ovinho de páscoa. Meus filhos menores ficaram tão felizes com os ovinhos”, contou emocionada.

(Foto: Acorda Cidade)

“Estou cozinhando tripa de galinha, que peguei no lixo do frigorífico, para alimentar meus filhos. Hoje só não vou ter o arroz porque só tinha esse aqui mofado. A única ajuda que tenho é de Índia, uma bênção em minha vida, e fico muito agradecida a ela”.

Índia é Neide Morais, coordenadora do Projeto Criança Feliz, que se comoveu com a história dela e passou a ajudá-la. Ana Cleide disse que a conheceu quando um de seus filhos sumiu na rua. 

Índia disse ao Acorda Cidade que Ana Cleide foi assaltada e perdeu seus documentos e a certidão de nascimento de um de seus filhos. Além de fazer a segunda via destes documentos e de cestas básicas, ela precisa de um botijão de gás e uma geladeira. 

Que ajudar?

Quem também puder ajudar com doações pode entrar em contato com Neide Morais através do WhatsApp 75 98103-6627.