O setor mineral da Bahia foi palco de uma das maiores transações da década no último sábado (14), com a venda de 100% dos ativos brasileiros da mineradora canadense Equinox Gold para o grupo chinês CMOC. Avaliada em US$ 1,015 bilhão (cerca de R$ 5,49 bilhões), a operação inclui o chamado Complexo Bahia, que compreende as minas Santa Luz Desenvolvimento Mineral e Fazenda Brasileiro, situadas entre os municípios de Santaluz e Barrocas, na região sisaleira.

Com a venda, a expectativa é de que a produção de ouro nas duas cidades siga em expansão, agora sob a gestão de uma empresa que tem forte presença no mercado global. A conclusão do negócio está prevista para o primeiro trimestre de 2026, após aprovação dos órgãos reguladores, como o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

💡 O que muda para Santaluz e Barrocas?

A chegada da CMOC — China Molybdenum Company — gera expectativas positivas na região. Além de garantir a continuidade da extração de ouro, a empresa é conhecida por implementar tecnologias de ponta e padrões operacionais robustos, o que pode impactar diretamente na geração de empregos, renda e capacitação técnica local.

Segundo fontes ligadas ao setor, os trabalhadores e comunidades próximas às minas esperam investimentos na modernização da infraestrutura das unidades, além da manutenção do ritmo operacional que a CMOC já imprime em outras operações no Brasil.

📊 Detalhes da transação

• 💵 Valor da venda: US$ 1,015 bilhão (R$ 5,49 bilhões)

• 💰 Pagamento inicial: US$ 900 milhões à vista

• 🎯 Bônus futuro: US$ 115 milhões, condicionado à produtividade das minas um ano após a transferência

• 📆 Conclusão esperada: 1º trimestre de 2026

A Equinox Gold, até então responsável pelas operações, passa a focar em outros projetos fora do Brasil. Já a CMOC reforça sua presença no país, onde já é a 2ª maior produtora de nióbio do mundo e a 2ª maior produtora de fertilizantes fosfatados do Brasil, conforme destacou a Revista Ceará.