Na semana do Dia da Mulher, Colégio Ação realiza seminário: ‘Questões de Gênero’
O Dia Internacional da Mulher é comemorado neste 8 de março, como ocorre anualmente há mais de um século em vários países. E, como em outras ocasiões, o Colégio Ação, em Santaluz, desenvolveu atividades que debatem sobre garantia de direitos humanos. Na terça-feira (06), a instituição de ensino promoveu, no auditório da APLB-Sindicato, um seminário voltado para a temática, cujo o tema foi ‘Questões de Gênero’.
O evento foi a culminância de várias atividades desenvolvidas pela comunidade escolar ao longo dos últimos dias, que teve o intuito de mobilizar pela conquista de direitos, discutir a desigualdade de gênero e se manifestar contra a violência física, psicológica e sexual ainda sofridas por muitas mulheres.
Alunos realizam apresentação durante o seminário. (Foto: Divulgação)
Para a professora de história, Ana Quércia, que coordenou o evento, discutir gênero é mostrar que pode existir igualdade e respeito na sociedade.
"O preconceito é o filho da ignorância. Vivemos em uma sociedade que segrega, rotula e diminui, todos aqueles que não fazem parte do ideal, mal sabendo que estão reproduzindo noções há muito enraizadas em nosso meio. Assim na busca por mais justiça e equidade, neste dia da mulher, que vem sendo tecido desde o primeiro dia de aula, buscamos abrir nossa escola para uma discussão, muito pertinente, sobre gênero, partindo da análise histórica, social e antropológica, procuramos entender como os padrões sociais foram construídos e desconstruídos ao longo do tempo. E como somente através do conhecimento poderemos exercer efetivamente nossos direitos e deveres, para juntos construirmos um mundo sem preconceitos, onde a empatia é a palavra de ordem e aqueles que foram excluídos possam, finalmente, ter voz e vez”, destacou a docente.
Professora Ana Quércia Coordenou o evento. (Foto: Divulgação)
A aluna Emili, que cursa o 3º ano do ensino médio no Ação, fala sobre a sua experiência nesse seminário. A estudante ainda diz que as pessoas têm que se conscientizar mais sobre essas questões – ter a mente mais aberta e não seguir regras impostas pela sociedade: “O trabalho foi de grande responsabilidade. Transmitir informações sobre a temática para pessoas que às vezes não se interessam no assunto, ou até pessoas que já tem uma opinião ‘’formada’’, devido às crenças religiosas e a sua criação, é um tanto desafiador. Nós do 3º ano ficamos com a parte de conscientização, mas sem gerar polêmica, no sentido de ter cuidado com as falas, para não ofender ninguém, principalmente para aqueles que praticam uma religião, que de certo modo orienta sobre o caminho “certo” e o caminho “errado”. Também trabalhamos com outro grupo de pessoas, que já foram criadas dentro de regras e tabus da sociedade. Acho que o trabalho foi de grande importância para o nosso enriquecimento de mundo, por que esse é um assunto do século. Um projeto que a gente veio se preparando durante um mês, fazendo pesquisas, apresentando em sala e fazendo debates”
O também aluno do colégio, Aiam Matheus, do 1° ano do ensino médio, disse que as atividade realizadas pelo Ação lhe ajudaram a entender a importância da mulher na sociedade: "Os trabalhos, as aulas e os debates nos trouxeram bastante conhecimento. Aprendi que desde sempre, a mulher teve um papel fundamental diante da sociedade".
(Foto: Divulgação)
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