O Pequeno Poeta: Sete de setembro, comemoramos o que?

vemvercidade 07 Set, 2017 10:30 - Atualizado em 07 Set, 2017 01:14 Justino Justo

A vida dos brasileiros,
É marcada por sentimentos,
De uma História sofrida,
Que não se apaga com o tempo,
A verdade absoluta,
É que não há vitória sem luta,
E nem luta sem sofrimento. 

Falando da independência,
Que há tempos se comemora,
Tem quem aplaude de pé,
Mas outros ela ignora,
O fato é que muita gente,
Continua dependente,
Desde os tempos de outrora.

São ricos comprando carros,
Outros comprando avião,
O pobre sofre a doença,
A miséria e a opressão,
Onde quem vale é dinheiro,
Tem quem vai ao desespero,
Sem encontrar solução.

Pois neste capitalismo,
Que a nossa vida consome,
Formulado por quem pensa,
Só em escravizar o homem,
A sua face é sombria,
Com o rico na boemia,
E o pobre passando fome.

O nosso Brasil imenso,
E cheio de prosperidade,
Onde sobra a ambição,
Porém falta honestidade,
Tudo isso causa dor,
Em cada trabalhador,
Que passa necessidade.

O ano de mil e quinhentos,
Tem destaque principal,
Porque foi nesse período,
Que a elite de Portugal,
Fingiram serem bem vindos,
E na liberdade dos índios,
Puseram um ponto final.

Ao invés de independência,
Iniciou-se a amargura,
A paz apenas nos sonhos,
Na pratica muita tortura,
Tristes relatos se houve,
E infelizmente até hoje,
Essa revolta perdura.

Em muitos anos de luta,
Na busca da independência,
Foram os índios e africanos,
Com coragem resistência,
Que estiveram na demanda
E o grito do Ipiranga,
É um disfarce da imprensa.

Tanto é verdade o que digo,
Que basta a gente lembrar,
Riacho do Ipiranga,
É simplesmente o lugar,
Que o imperador decidiu,
-Ou eu liberto o Brasil,
Ou o povo não vai calar.

E mesmo com o decreto,
De independência forçada,
A nossa população,
Foi novamente enganada,
Mais uma vez Pedro erra,
Deixando na Inglaterra,
A nossa pátria empenhada.

E nesse grande trajeto,
De sofrimentos profundos,
Trabalhador sendo escravo,
E taxado de vagabundo,
Deixamos de ser colônia,
Porém passamos vergonha,
Perante aos olhos do mundo.

Por isso que a nossa luta,
É ampla e vai muito além,
Não há partido nem cores,
Mas não são flores também,
Porém não perco de vista,
Os frutos dessa conquista,
Mesmo que tarde eles vêm.


Justino Nunes. O pequeno poeta. (JUSTO). “UM HOMEM DO BEM” Contatos:  (75) 992459637 981862622