Operação nacional contra tráfico de aves silvestres tem alvos em Valente e Monte Santo, na região sisaleira

vemvercidade 29 Out, 2025 09:32 - Atualizado em 29 Out, 2025 09:39
Ação conduzida pelo MPBA acontece em três estados para cumprimento de 21 mandados de prisão preventiva e busca e apreensão
Divulgação Ação conduzida pelo MPBA acontece em três estados para cumprimento de 21 mandados de prisão preventiva e busca e apreensão

O Ministério Público do Estado da Bahia (MPBA) deflagrou, nesta quarta-feira (29), a segunda fase da “Operação Fauna Protegida”, com cumprimento de mandados de busca e apreensão e de prisão preventiva em três estados.

Na Bahia, os alvos incluíram os municípios de Valente e Monte Santo, localizados na região sisaleira do estado.

A ação visa desarticular a maior organização criminosa de tráfico de aves silvestres do Brasil, especializada na captura, transporte, receptação e comercialização ilegal de animais, especialmente aves de canto, como curiós e canários.

Foto: Divulgacão


🔍 Operação nacional mira 21 alvos em três estados

Ao todo, a operação cumpre 21 mandados judiciais — sendo 17 de busca e apreensão e 4 de prisão preventiva — nos estados da Bahia, Rio de Janeiro e Minas Gerais.

Além de Valente e Monte Santo, há alvos nos municípios fluminenses de Magé, Guapimirim, Rio das Ostras, Cabo Frio e Casimiro de Abreu, e nas cidades mineiras de Almenara e Divisópolis.

Segundo o MPBA, a organização possui uma estrutura complexa e ramificada, com núcleos bem definidos de fornecedores, transportadores, financiadores e receptadores.

As investigações apontam que os animais eram “encomendados” por espécie e quantidade, capturados em áreas rurais da Bahia e Minas Gerais, mantidos em cativeiros precários e transportados, principalmente, para receptadores no estado do Rio de Janeiro.


👥 Ação integrada entre Ministérios Públicos e Forças Policiais

A operação é coordenada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MPBA, em conjunto com as Promotorias de Justiça Regionais Ambientais de Itabuna e Ilhéus.

A investigação também conta com apoio do Ministério Público do Estado de Alagoas (MPAL), por meio do Núcleo de Defesa do Meio Ambiente (Nudema), e do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça do Meio Ambiente.

A "Fauna Protegida" integra o Projeto Libertas, da Associação Brasileira dos Membros do Ministério Público de Meio Ambiente (Abrampa), que busca fortalecer a atuação coordenada dos Ministérios Públicos no enfrentamento ao tráfico de animais silvestres e demais crimes ambientais.

A primeira fase da operação aconteceu em setembro deste ano, quando o líder da organização criminosa foi preso. A segunda fase aprofunda a investigação e mira diretamente os núcleos operacionais e logísticos do esquema.