Polícia apresenta membro de facção que já matou mais de 20 em Salvador

vemvercidade 20 Dez, 2017 21:44 - Atualizado em 20 Dez, 2017 21:50
Yuri Carlson Santana Santos, o 'ET' ou 'Cabeça de Repolho.
Foto: SSP/divulgação Yuri Carlson Santana Santos, o 'ET' ou 'Cabeça de Repolho.

Acusado de envolvimento em mais de 20 homicídios na região de Valéria, bairro de Salvador, o traficante Yuri Carlson Santana Santos, o 'ET' ou 'Cabeça de Repolho, 22 anos, foi apresentado à imprensa, na manhã desta quarta-feira (20), durante coletiva, no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

ET é apontado como o líder da Katiara - facção que comanda o tráfico de drogas no bairro de Valéria, em Salvador - que criou o "tribunal do crime".

"É um verdadeiro tribunal do crime o que esses integrantes da Katiara criaram em Valéria. Eles apreciam, julgam, condenam e executam inocentes só por uma suspeita de que a vítima contribuía com as autoridades policiais", afirmou o delegado Jamal Amad, coordenador da 3ª Delegacia de Homicídios.

Ainda de acordo com o delegado, essas pessoas foram mortas de forma cruel, inclusive com decapitação e tortura usando um cachorro, que era instigado a morder as vítimas. 

Depois da coletiva, ET foi encaminhado ao sistema prisional.

Fratura na perna

Integrante do Baralho do Crime da Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), o ‘Quatro de Espadas’ foi capturado ao procurar atendimento médico depois de levar um tiro na perna durante troca de tiros com policiais. 

Com a fratura exposta, Yuri foi levado pela família para uma clínica particular em Feira de Santana. Um policial, que estava de folga, desconfiou da movimentação na unidade de saúde e descobriu que ele era procurado por tráfico de drogas na capital baiana.

O PM acionou os colegas, que cercaram a clínica e prenderam o suspeito, conforme o major André Calvacante, da 65º Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM). Em seguida, ele foi medicado e encaminhado para a central de flagrantes no Complexo Policial do Sobradinho.

Um mês antes, um comparsa de Yuri, Leo Barata, foi preso em situação similar. Ele procurou um hospital público após ser baleado em confronto com a PM, mas acabou sendo preso. Por isso, Yuri buscou atendimento em uma clínica particular de Feira, apesar de ter sido ferido em Valéria.