Policial mata baiano no DF após briga em grupo no WhatsApp
O analista financeiro baiano Adilson Santana Silva, 36 anos, foi morto a tiros na tarde desta quinta-feira (7) em Samambaia, no Distrito Federal, após discutir com um vizinho em um grupo de WhatsApp formado por moradores do condomínio. Ele foi baleado no tórax e morreu no apartamento onde morava.
O policial militar reformado José Arimatéia Costa, 58 anos, apontado como autor dos disparos, teve a prisão preventiva decretada pela Justiça, no final da tarde desta sexta (8). Mais cedo, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJ-DFT) havia indeferido o pedido feito pela Polícia Civil, por não considerar urgente. Após ser aceito o novo pedido de prisão, o policial é considerado foragido.
A briga começou depois que o PM publicou uma foto no grupo acusando o vizinho de ter cuspido em sua janela. "Ô sem noção, que mora no 1803-A quando escovar seus dentes, vê se não cospe a meleca na casa dos outros, eu moro aqui no 1703-A e vir essa sujeira que cospiram lá de cima [sic]", escreveu.
(Reprodução)
Em seguida, ele enviou um áudio:
"Meu irmão, você tá a fim de resolver sua porra, você venha pra cá e fale, tá bom? Não venha pra cá botar porra de grupo. Você não sabe o que tá falando, não. [...] Cheira essa desgraça aí e veja se é uma pasta de dente, rapaz! [...] Suba aqui pra gente conversar", diz na gravação.
Minutos depois, vizinhos ouviram barulho de tiros. O policial tinha ido até o apartamento de Adilson, onde a briga prosseguiu. Segundo uma vizinha, eles entraram em luta corporal e, em seguida, o PM aposentado teria feito os disparos. A mulher e o filho de três meses do casal estavam presentes na hora do crime.
No grupo, uma vizinha e testamunha comentou o crime. "Já acionei o 190 aqui para chamar a polícia. Mas foi um negócio, assim, violento, e eu vi na hora que ele disparou a arma", escreveu ela.
Investigação
O caso está sendo investigado pelo delegado Gutemberg Santos Moraes, titular da 26ª Delegacia (Samambaia). "O senhor José foi até a residência do Adilson, a vítima, e passaram a discutir. Logo em seguida, entraram em luta corporal, momento no qual o seu José de Arimatéia sacou uma arma de fogo e efetuou disparos contra a vítima", disse o investigador ao site G1 DF, pela manhã.
Ainda conforme o G1 DF, dois moradores do prédio e a mulher da vítima foram ouvidos na noite do crime. José de Arimatéia deve responder por homicídio qualificado por motivo fútil.