PRF-BA fecha escritório de cigarros falsos que vendia para cinco estados

vemvercidade 07 Jul, 2016 14:39 - Atualizado em 07 Jul, 2016 14:42
Cerca de 800 caixas de produtos contrabandeados foram encontrados
Foto: Divulgação/ PRF Bahia Cerca de 800 caixas de produtos contrabandeados foram encontrados

A Polícia Rodoviária Federal na Bahia (PRF-BA) fechou, no início da manhã desta quinta-feira (7) um depósito e um escritório na cidade de Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador, em cumprimento a mandados de busca e apreensão da Operação Kapnós, do Ministério Público em Alagoas (MP-AL), que pretende desarticular duas quadrilhas que compravam os produtos e os distribuía pelo Nordeste.

Segundo a polícia, a quadrilha que atuava em Lauro de Freitas revendia para os estados de Alagoas,Pernambuco, Piauí, Ceará e Paraíba. No escritório e depósito, foram encontradas cerca de 800 caixas de cigarros falsificados, além de aproximadamente R$ 47 mil em cheques e R$ 48 mil em dinheiro. A polícia também apreendeu dez cadernos com anotações da movimentação financeira da quadrilha. A PRF afirmou que mandados de prisão também são cumpridos na Bahia, mas ainda não informações sobre os presos.


Operação


Duas pessoas foram presas em Alagoas. Elas estão sendo levadas para a Divisão Especial de Investigação e Capturas (Deic). Já o material apreendido será encaminhado para a Academia de Polícia Militar. Segundo as investigações, o centro de distribuição dos produtos de um dos grupos criminosos funcionava em Caruaru (PE). Uma pessoa foi presa em Curupira.

De acordo com o MP, as investigações começaram há quatro meses. As quadrilhas presas eram especializadas em comercializar cigarros produzidos no Brasil, mas com selos de marcas paraguaias, como Eight, Gift, Bello e Meridian.


Os revendedores compravam os produtos de fábricas clandestinas, localizadas, em sua maioria, na região Sul do país, e distribuíam para diversos centros de comércio no Nordeste. Ainda de acordo com o Ministério Público, os dois bandos possuíam uma estrutura organizada, com integrantes exercendo papéis distintos, tendo fornecedores regionais, estaduais, e locais, fora os vendedores que vendiam para o consumidor final.


Dois desses comerciantes foram presos em Maceió. Eles vendiam cigarros falsificados no Mercado da Produção e na Feira do Artesanato, no centro da capital, local que se tornou ponto de intersecção entre as organizações criminosas. A palavra Kapnós, usada para nomear a operação, tem origem grega que significa tabaco e, por sua vez, remete a fumaça. Agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e homens das Polícias Civil e Militar participam da  operação.