Saneamento: 36,7% da água tratada no Brasil é perdida em vazamentos e 'gato'
O estudo do Trata Brasil destaca ainda o desempenho das 100 maiores cidades do país em comparação com a média nacional. Segundo Édison Carlos, presidente do instituto, estas cidades deviam puxar o crescimento do país, já que têm estruturas públicas e privadas mais bem desenvolvidas e porque abrangem cerca de 40% da população do Brasil. As diferenças entre os índices nacionais e os dessas cidades, porém, são poucas. O índice de perda de água é de 37,8%, contra os 36,7% nacionais, e a melhora entre 2011 e 2015 foi semelhante – 2 pontos percentuais. “São grandes aglomerados com capacidade de investimento, de fazer projetos, com corpo de engenharia, estão esperávamos que estas 100 cidades fossem a locomotiva do país. Os números, porém, mostram que não, que nem as capitais estão conseguindo fazer o papel de melhorar mais rapidamente os indicadores de água e esgoto”, afirma Édison Carlos.
“Se essas cidades não estão conseguindo, imagina os municípios menores, que têm piores estruturas”. Em termos de coleta de esgoto, a cobertura nacional é de apenas 50,3% da população, o que representa que mais de 100 milhões usam medidas alternativas para eliminar dejetos, como fossa ou descarte direto nos rios. Nas 100 maiores cidades, a cobertura é de 71,1%.