No último domingo (13), em comemoração ao Dia das Mães foi realizado o campeonato de futebol de vassouras no povoado de Serra Branca, em Santaluz. A brincadeira que já é tradição, relembrou as grandes gincanas do povoado que era uma das provas mais esperadas pelas equipes e espectadores.

Organizada por Gilvonete Dantas da Silva, a gincana do Dias das Mães em Serra Branca, chegou a ser uma das maiores gincanas da região do sisal, com equipes vindas da sede do município e outras comunidades tais como Campo Grande e Várzea da Pedra.

As gincanas tinha início bem antes do dia da realização, cerca de 15 dias antes, as equipes recebiam as provas antecipadas que geralmente eram de cunho social ou ecológicos, como arrecadação de alimentos, roupas e agasalhos ou material de construção. As provas do dia eram as mais envolventes, pois tinham desfiles das mães, apresentação teatral, corrida de saco, caça ao tesouro, mãe mais velha, dança, entre outras. Todas as mães que participavam das provas recebiam brindes.

Um dos momentos mais importantes da tradicional gincana, foi quando ela foi responsável pela construção de uma casa para uma família da comunidade, que morava em uma casa feita de pindoba. As equipes arrecadaram o material de construção necessário, e foram pontuadas pelo feito.

Uma das principais provas era a arrecadação de alimentos pelas equipes, os pontos eram ponderados através do tipo de alimento como por exemplo  feijão que valia 4 pontos, arroz (3) , farinha (2). A prova dos alimentos, como era chamada, chegou a arrecadar mais de uma tonelada de alimentos em uma única realização da gincana, as equipes eram responsáveis por indicar as famílias beneficiadas.

Na parte ecológica a gincana foi responsável pela retirada de um caminhão de vasos pets da comunidade e região. A prova consistia em juntar o máximo de vasos pets pelas equipes, nisso o volume foi capaz de encher um caminhão de reciclagem, o material foi vendido e convertido em prêmios paras as mães que partiram da gincana.

Além das premiações como medalhas e troféus, as equipes recebiam o benefício de uma viagem e ainda comemoravam junto à comunidade com shows musicais.

Após 15 anos de realização a partir do ano de 2007, a gincana passou a não ser mais realizada por falta de recursos. Gilvonete lamenta o fim da gincana, mas ainda tem esperança e acredita que a competição possa voltar a ser o que era. Ela ainda disse que se empenha ao máximo para movimentar a comunidade com eventos culturais.