O vereador Higor de Paulo (MDB) se manifestou publicamente contra o Projeto de Lei nº 1.831, enviado pela Prefeitura de Santaluz, na região sisaleira da Bahia, à Câmara Municipal. A proposta prevê o reajuste salarial para servidores públicos efetivos e temporários, além da reformulação da estrutura administrativa do município, com a criação de novos cargos e extinção de funções antigas.
Em vídeo divulgado nas redes sociais na noite de quinta-feira (18), o vereador disse ser contrário à tramitação do projeto em sua forma atual. Ele argumenta que a proposta não trata apenas de aumento salarial, mas de mudanças profundas na máquina pública e que, por isso, precisa de mais tempo para ser discutida.
A manifestação torna Higor o primeiro vereador a se posicionar publicamente contra o projeto.
Repercussão nas redes: vereador é alvo de críticas por parte de servidores
Logo após a divulgação do vídeo, o posicionamento do vereador gerou forte reação nas redes sociais, principalmente entre servidores municipais e apoiadores do projeto. Muitos acusaram o parlamentar de “politicagem” e afirmaram que o texto já foi discutido.
“Aprova o PL 1.831 e para de politicagem, vereador. Você está prejudicando todos nós, servidores. Todos já lemos o projeto. Não somos burros, não”, comentou um internauta em tom de indignação.
Outro usuário também criticou a postura do parlamentar:
“Muito blábláblá desse vereador. Falou, falou e no fim das contas fica evidente que é apenas politicagem! O PL 1.831 melhorará a vida de inúmeros luzenses, povo que o senhor tem a obrigação de ajudar, e está visando apenas o seu grupinho. Tome vergonha.”
Em outro comentário, uma internauta relembrou votações anteriores:
“Engraçado! Já passaram projetos que você nem leu. Mas por causa de política vocês não querem dar um aumento! Não vote em vereadores assim nunca mais.”
O que diz o projeto
O texto ainda não foi colocado em votação pela presidência da Casa, que entrou em recesso nesta quinta-feira (18). No entanto, a presidente da Câmara, vereadora Joseane (PSB), pode convocar uma sessão extraordinária a qualquer momento.
Entre os pontos do projeto estão:
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Aumento salarial para servidores efetivos e temporários;
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Criação de novos cargos, como analista administrativo, ouvidor público e técnico de planejamento;
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Extinção de funções antigas e reorganização de pastas e secretarias.
Na proposta, por exemplo, o salário base dos garis passaria de R$ 1.518 para R$ 1.800, além do adicional de insalubridade de 40%. Com isso, a remuneração total subiria de R$ 2.125 para R$ 2.520, representando um aumento de R$ 395.
Até o momento, a maioria dos parlamentares já se manifestou favorável ao PL 1.831. Entre os que apoiam a proposta ou demonstraram disposição para sua aprovação estão:
Os vereadores Paulão (União), Sérgio Suzart (Avante), Jeová (União), Peu (PSD) e Milson (PSD) ainda não se manifestaram publicamente até a publicação desta matéria.
Expectativa entre os servidores

Foto: Redes Sociais
A proposta tem gerado expectativa e mobilização entre os servidores municipais, especialmente os que atuam em funções operacionais. Diversas categorias acompanham de perto a movimentação da Câmara para saber quando e como será feita a votação do projeto.