Seleção fica 180 minutos sem marcar, mas pode se classificar na Bahia
Quando o técnico Rogério Micale convocou o trio Neymar, Gabriel Jesus e Gabriel Gabigol para a Seleção Olímpica Brasileira de futebol masculino, a expectativa da torcida brasileira era de muitos gols. Mas com o segundo empate em 0x0, neste domingo (7), agora contra o Iraque, em Brasília, o ataque da seleção novamente mostrou sua ineficiência ofensiva. São 180 minutos sem marcar sequer um gol. Na quarta-feira, dia 10, basta uma vitória simples contra a Dinamarca, em Salvador, para o Brasil se classificar.
Os três brasileiros vinham de boa fase em seus clubes. Neymar, só no último campeonato espanhol, marcou 24 gols pelo Barcelona. No Campeonato Brasileiro deste ano, Gabriel Jesus, pelo Palmeiras, somou 10 gols e Gabriel Gabigol, pelo Santos, balançou outras 5 vezes as redes.
O time brasileiro teve o desempenho similar nos dois jogos realizados até agora nos Jogos Olímpicos do Rio. Em 20 finalizações ao gol iraquiano, apenas seis chutes atingiram a meta do goleiro Mohammed Hammed. Contra a África do Sul, foram 21 tentativas e sete bolas no gol de Khune.
Frustração da torcida
A torcida brasileira apostava no papel do Neymar. Dentre todos jogadores de futebol presentes na Olimpíada, o atacante do Barcelona é o principal astro. O jogador, que não esteve presente na derrota – 7x1 -para Alemanha na Copa de 2014, após uma contusão na vértebra nas quartas de finais da competição, disputa sua segunda olimpíada. Neymar também estava presente no time que, em Londres, em 2012, foi derrotado na final olímpica para o México, trazendo mais uma prata para o Brasil.
O treinador Rogério Micale, em entrevista após o jogo, disse que o problema é que o time tem que melhorar seu desempenho e pediu desculpas ao torcedor brasileiro pelo resultado. "Vou esfriar a cabeça, pensar e a gente vai refletir se pode haver alguma mudança ou não", afirmou.
Neymar evitou falar com a imprensa após a partida deste domingo. O capitão da equipe deixou o estádio cabisbaixo. Na saída da partida contra a Àfrica do Sul, no dia 4, em Brasília, o jogador havia dito que a pressão pelo título não pesava, que outros já haviam tentando o título olímpico e não haviam conseguido, e pedia tranquilidade ao time.
Agência Brasil