Seminário com membros de comunidades rurais de Retirolândia e Santaluz discute comunicação comunitária
O Programa de Comunicação do Movimento de Organização Comunitária (MOC), através da técnica Kívia Carneiro, realizou nesta segunda-feira (16), um Seminário para discutir a comunicação comunitária como direito humano e instrumento de mobilização e mudança local. Atividade aconteceu no município de Retirolândia, na sede do auditório do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais e contou com a participação de crianças, adolescentes, jovens multiplicadoras, membros da comunidades de Laginha, Vista Bela, Jitaí e Lagoa Grande do município de Retirolândia e das comunidade de Mucambinho, Miranda e Rose do município de Santaluz.
Uma dinâmica de conceituação sobre comunicação comunitária, mobilização social e o uso de mídias alternativas foi desenvolvida entre os participantes. Ainda no seminário, foram exibidos dois vídeos que correspondiam a temática trabalhada. Uma produção reportagem da série comunicação produzida pelo Canal Brasil no telejornalismo Repórter Brasil e a outra a o filme Levante sua Voz com a produção do Intervozes. Um dos vídeos traz uma reportagem do processo de formação da comunicação no país e o outro ressalta o controle absoluto das 11 famílias que controlam os meios de comunicação brasileira, fazendo uma reflexão sobre a ética o baixo nível das informações que recebemos, as falsas ideologias democráticas e a falta de liberdade de expressão.
De acordo com O MOC, o objetivo do seminário foi aprofundar a concepção de comunicação comunitária, discutir sobre a representação das pessoas na comunidade diante da mídia e construir estratégias de comunicação que possam fortalecer e dar visibilidade às ações dos sujeitos e suas comunidades. Conforme o MOC, é necessário acreditar na indivisibilidade dos direitos humanos, por isso a comunicação é fundamental para a conquista e manutenção desses direitos, que se opõe ao modelo de comunicação onde o sujeito é meramente objeto receptor de informação.
Justiniano da Silva, presidente da Associação Comunitária de Mucambinho, zona ruaral de Santaluz, destaca a importância do trabalho comunitário. “Trabalhar em conjunto e em parceria, porque quando a gente se une a gente vai lutando, vai buscando a convivência com os companheiros e vivendo a transformação junto a comunicação é importante nesse processo porque com ela acontece o desenvolvendo e o conhecimento”.