STF suspende coleta de provas no inquérito que investiga Aécio Neves

vemvercidade 13 Mai, 2016 12:56 - Atualizado em 13 Mai, 2016 12:58

O ministro do Supremo TribunalFederal (STF) Gilmar Mendes suspendeu hoje (12) a coleta de provas no inquéritoque investiga o senador Aécio Neves (PSDB-MG) por supostas irregularidades naempresa estatal de energia elétrica de Furnas. Na mesma decisão, o magistradodevolveu o inquérito ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, parareavaliação.

Nodespacho, Mendes ressalta que a defesa do senador demonstrou não existiremnovos fatos que embasem o pedido de investigação. “Os elementos de prova aqui coligidosjá eram do conhecimento da Procuradoria-Geral da República. O único elementonovo seria o depoimento de Delcídio do Amaral. Sustenta, no entanto, que asdeclarações do colaborador não forneceram nenhum acréscimo relevante aoconjunto probatório”, diz o despacho.

Ontem(10), o ministro foi designado como relator do inquérito que investiga osenador. Já o ministro Dias Toffoli foi escolhido para relatar o pedido contrao deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). As duas relatorias foram definidas pordistribuição eletrônica. Os fatos estão associados à investigação da OperaçãoLava Jato. No entanto, o ministro Teori Zavascki pediu à Presidência da Corte aredistribuição dos pedidos de abertura de inquérito nas investigações sobre osparlamentares.

Emdespacho, Teori disse não ver “relação de pertinência imediata” darepresentação criminal apresentada pela Procuradoria-Geral da República contraAécio e Cunha, apesar de os indícios contra os dois parlamentares terem surgidoem meio às investigações da Lava Jato.

Conformemanifestação do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao STF no pedidode abertura de inquérito contra Aécio, além das acusações contra o tucanofeitas pelo doleiro Alberto Yousseff em delação premiada, surgiram “fatosnovos” a partir da delação do senador cassado Delcídio do Amaral.

Emdelação homologada pelo STF, Youssef disse, primeiramente, que o PSDB, porintermédio do senador Aécio Neves, “possuía influência” em uma diretoria deFurnas, juntamente com o PP, e havia o pagamento de valores de empresascontratadas.

Emsegundo depoimento, o doleiro declarou que o PSDB, por meio de Aécio Neves,“dividiria uma diretoria em Furnas” com o PP, por meio de José Janene. Youssefdisse ainda que Aécio também “teria recebido valores mensais”, por meio de suairmã, de uma das empresas contratadas por Furnas, a Bauruense, no período entreos anos de 1994 e 2000/2001.


Fonte: Agência Brasil