Vereadores do RJ podem estar envolvidos no caso Marielle

vemvercidade 09 Abr, 2018 18:20 - Atualizado em 09 Abr, 2018 22:14 Vice Brasil

Investigadores apuram visitas de milicianos à Câmara Municipal nos dias que antecederam o crime e quebram sigilo telefônico de vereadores.

Ligações e trocas de mensagens realizadas por vereadores do Rio de Janeiro no dia em que Marielle Franco e Anderson Gomes foram mortos estão sendo investigadas pela polícia, que conseguiu a quebra de sigilo dos aparelhos na Justiça. Segundo The Intercept, o objetivo é investigar se houve alguma forma de contato nas horas próximas a execução. Oito vereadores foram ouvidos na condição de testemunhas.

O portal reporta, ainda, que milicianos estiveram na Câmara Municipal na semana anterior ao assassinato de Marielle. Um deles, ex-PM indiciado pela CPI das Milícias na qual a vereadora trabalhou, visitou o gabinete do vereador Jair Barbosa Tavares, conhecido como Zico Bacana (PHS), horas antes do assassinato. Uma semana antes, o ex-vereador Cristiano Girão, condenado por liderar uma milícia de Gardênia Azul, bairro da zona oeste do Rio, também esteve na Câmara.


Colaborador de testemunha foi assassinado
No domingo (8), o colaborador de uma das testemunhas ouvidas pela polícia, Carlos Alexandre Pereira Maria, foi morto a tiros no bairro de Taquara, segundo O Globo. Alexandre era colaborador do vereador Marcelo Siciliano (PHS), ouvido no inquérito que apura o assassinato de Marielle. Segundo testemunhas ouvidas pelo 18º Batalhão da PM em Jacarepaguá, que apurou o caso, antes de atirar contra a vítima um dos assassinos disse "chega para lá que a gente tem que calar a boca dele."