Vigilante apontado como serial killer tem 13ª condenação por homicídio
O vigilante Tiago Henrique Gomes da Rocha, de 28 anos, apontado como serial killer, foi condenado, nesta quinta-feira (25), a 26 anos de prisão pela morte da jovem Beatriz Cristina de Oliveira, de 23 anos, em Goiânia. Para o júri popular, o réu cometeu homicídio qualificado, por motivo torpe e recurso que impossibilitou a defesa da vítima. A defesa informou que irá recorrer da decisão, enquanto a acusação disse que não deve recorrer.
Beatriz morreu no dia 19 de janeiro de 2014. De acordo com a denúncia do Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO), o vigilante estava em uma motocicleta e efetuou os disparos ao se aproximar da vítima. A jovem foi atingida na região do tórax e morreu no local.
Antes do início do julgamento, a irmã da vítima, a dona de casa Lorena Eterna, de 29 anos, lamentou o crime. "A gente sabe que ele [Tiago Henrique] pode pegar 300, 400 anos, mas só vai ficar preso 30. Quando ele sair, vai continuar matando. Na última vez ele disse que queria servir ao senhor. Todo mundo tem o direito de mudar, mas não acredito que ele se arrependeu, que tenha mudado", disse.
Lorena disse que a morte de Beatriz afetou toda a sua família: "Ele não matou só minha irmã. Era a minha irmã que cuidava dos meus avós e, depois que ela morreu, eles entraram em depressão. Os dois morreram de depressão, minha avó ano passado e meu avô em março desse ano. Ele é um monstro, não é um ser humano. Destruiu minha família toda", lamentou.
Após a condenação de Tiago, a irmã agradeceu a atuação do promotor de Justiça Maurício de Camargos. "Estou mais aliviada. A justiça foi feita", disse ao G1 com lágrimas nos olhos antes de deixar o Tribunal.