'ACM, meu amor': Após 32 anos, Neto resgata jingle do avô para campanha ao governo
O jingle que embalou a campanha de Antônio Carlos Magalhães em 1990 será a trilha da campanha de ACM Neto após 32 anos. O ex-prefeito de Salvador resgatou o samba reggae composto por Gerônimo e Vevé Calazans e apresentou ao público nesta quinta-feira (2), durante o evento de pré-lançamento de sua candidatura ao governo da Bahia, uma versão repaginada da faixa cantada por Zé Carlos, o Besouro.
Em sua nova versão, a equipe de campanha de Neto explora a figura de ACM de forma a tentar desvincular a imagem negativa criada pelo lado adversário nos anos em que o ex-prefeito esteve a frente de Salvador.
O vídeo ainda traz imagens de Neto mais novo em ato político com ACM. Momentos após a exibição do vídeo, o pré-candidato ao governo da Bahia se emocionou com as imagens.
"Quero prestar uma homenagem ao meu avô, que sempre foi movido por esse amor e continua me inspirando até hoje. Cresci vendo ACM lutar pela Bahia, pelos baianos. Às vezes ele comprava brigas demais, mas era para defender o nosso estado. Ele projetou talentos, realizou governos transformadores e é em ACM que encontro o exemplo de que a Bahia pode mais", disse durante o evento.
Gerônimo ganhou um processo contra a TV Bahia por uso indevido do jingle em 2013. Em 2013, a 1ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) determinou que a TV Bahia pagasse R$ 50 mil ao cantor Gerônimo por danos morais, após a emissora utilizar a canção sem pagar os direitos autorais aos compositores. Além do valor, Gerônimo exigia que a emissora divulgasse por três dias o seu nome e o de Vevé Calazans como os compositores do jingle.
Segundo o artista, havia um acordo com ACM que autorizava ele a utilizar a peça publicitária à vontade enquanto estivesse vivo. No entanto, a música foi utilizada pela TV Bahia após a morte do ex-governador, que ao ser cobrada pelos direitos autorais, teria se recusado a pagar.