Bolsonaro diz querer abraçar Neymar: 'Momento difícil'

vemvercidade 05 Jun, 2019 16:04 - Atualizado em 05 Jun, 2019 16:11
Hoje devo estar no jogo do Brasil, espero dar um abraço no Neymar antes do jogo", disse o presidente
Marcos Corrêa/PR Hoje devo estar no jogo do Brasil, espero dar um abraço no Neymar antes do jogo", disse o presidente

O presidente Jair Bolsonaro declarou apoio a Neymar nesta quarta-feira. O atacante da seleção brasileira é acusado de estupro por uma mulher, em crime que teria acontecido em Paris, na França, no dia 15 de maio, em um hotel de luxo da cidade. O presidente declarou também que pretende ir ao estádio Mané Garrincha, em Brasília, para acompanhar o amistoso entre Brasil e Catar, nesta quarta, para abraçá-lo. As informações são do Estadão Conteúdo.

"Hoje devo estar no jogo do Brasil, espero dar um abraço no Neymar antes do jogo. Está em num momento difícil, mas acredito nele. Neymar, hoje à noite estamos juntos", declarou o presidente em Aragarças (GO), a 380 quilômetros de Goiânia, durante o lançamento do projeto Juntos pelo Araguaia, em comemoração ao Dia Mundial do Meio Ambiente.

Uma mulher registrou na sexta-feira um Boletim de Ocorrência (B.O.) acusando Neymar de estupro. O jogador publicou um vídeo no Instagram negando. "O que aconteceu foi uma relação entre um homem e uma mulher, algo que acontece entre quatro paredes, algo que acontece com todo casal", disse Neymar, em um dos trechos da publicação, que provocou a abertura de investigação contra ele por causa da divulgação de fotos íntimas da mulher que o acusa.

O amistoso desta quarta-feira servirá como uma espécie de termômetro de como está a popularidade de Neymar. A expectativa é sobre como o público tratará o atacante e como ele reagirá se for alvo de uma reação negativa.

Em abril, Neymar da Silva Santos, pai do jogador Neymar, foi recebido pelo presidente Jair Bolsonaro e pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, para "prestar esclarecimentos" sobre processo contra o jogador que será julgado pelo Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf).

De acordo com o Ministério da Economia, o pai do jogador do Paris Saint-Germain e da seleção brasileira foi recebido inicialmente por Bolsonaro para falar sobre o processo e foi encaminhado a Guedes e ao secretário da Receita Federal, Marcos Cintra, por se tratar de um tema "de natureza técnica".

Em 2015, a Receita multou o jogador em R$ 188 milhões em processo que investigava sonegação fiscal. No mesmo ano, a Justiça chegou a bloquear, a pedido do Fisco, bens do jogador neste montante.

Em entrevista ao SporTV, em fevereiro, o pai de Neymar declarou que votou em Bolsonaro nas eleições presidenciais do ano passado. Segundo o empresário, o filho não votou porque estava em Paris.