Brasileiro inventor de óculos de holograma disputa Prêmio na Europa

vemvercidade 10 Jun, 2018 04:55 - Atualizado em 10 Jun, 2018 04:56 Da Agência Brasil
Inventor dos óculos com holograma, o engenheiro Alex Kipman é o primeiro brasileiro finalista do Prêmio Inventor Europeu -
Divulgação/Agência Brasil Inventor dos óculos com holograma, o engenheiro Alex Kipman é o primeiro brasileiro finalista do Prêmio Inventor Europeu -

País que inventou o relógio de pulso, o identificador de chamadas telefônicas e os caixas eletrônicos automatizados, o Brasil teve o talento reconhecido em nível internacional. Desenvolvedor de óculos de realidade virtual que exibem hologramas, o engenheiro Alex Kipman, nascido em Curitiba, tornou-se o primeiro brasileiro finalista do Prêmio Inventor Europeu, na categoria de países de fora da Europa.

A invenção de Kipman destacou-se em meio a mais de 500 inscrições neste ano e foi escolhida para ser um dos 15 concorrentes que disputaram o prêmio do Escritório Europeu de Patentes (EPO, na sigla em inglês), organização internacional com 38 países-membros. Ao todo, foram cinco categorias (indústria, pesquisa, pequenas e médias empresas, países de fora do EPO e reconhecimento da obra), com três finalistas cada.

A vencedora na categoria de Kipman foi a americana Esther Sans Takeuchi, que inventou as baterias compactas presentes em desfibriladores cardíacos e marca-passos. Apesar de não ter levado o prêmio, o engenheiro disse que se considera um vencedor por ter o trabalho reconhecido. Segundo ele, o HoloLens (nome comercial dos óculos de realidade virtual) está revolucionando a interação entre os seres humanos à medida que tem a utilização disseminada.

Kipman explicou que a invenção nasceu de uma interrogação há dez anos sobre o significado da tecnologia. “Não podemos existir sem a tecnologia. E a tecnologia pode deslocar o tempo e o espaço. Por meio da realidade virtual, posso andar em Marte. A realidade virtual até permite que eu converse com alguém que esteja em qualquer lugar do planeta, mesmo 100 anos depois da minha morte. Nossa tarefa é fazer o futuro acontecer, mais, melhor e mais barato”, afirmou.