A tentativa de aproximação de Lula (PT) e Geraldo Alckmin (sem partido) busca um impacto significativo na eleição do próximo ano da disputa pelo Planalto. Experiente na política, João Leão, vice-governador da Bahia e um dos comandantes do PP no Estado, tem plena ciência do que significa essa aliança.

A chegada do ex-adversário da eleição de 2006 consolidaria, na visão de muitos, o nome do petista no sudeste do País e faria um aceno concreto ao ramo empresarial mais moderado.

No sábado (18), provocado pelo site BNews, durante um almoço com jornalistas em sua casa no município de Lauro de Freitas, o pepista acredita ser ainda incerto o atual recorte do momento político nacional, mas não pensou duas vezes indagado sobre o nome de Alckmin na conversa.

“Tem muita água para passar debaixo da ponte. As pesquisas agora não querem dizer nada. São alguns recortes do momento. Mas o vamos ver será ano que vem. Eu voto em Lula, mas o cenário é incerto”, disse. “Agora, se Alckmin for vice de Lula é caixão e vela para os adversários, tenha certeza”, emendou.

Alckmin, inclusive, oficializou, na terça-feira (15) a sua saída do PSDB. Fato esperado. O comunicado foi feito pelas redes sociais. "É um novo tempo! É tempo de mudança! Nesses mais de 33 anos e meio de trajetória no PSDB procurei dar o melhor de mim. Um soldado sempre pronto para combater o bom combate com entusiasmo e lealdade. Agora, chegou a hora da despedida. Hora de traçar um novo caminho".