Depois de alta do diesel, caminhoneiros voltam a falar em greve

vemvercidade 29 Set, 2021 16:36 - Atualizado em 29 Set, 2021 16:37

Com mais um aumento no preço do diesel, anunciado na terça (28), o Conselho Nacional de Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC) volta a discutir uma possível paralisação da categoria. De acordo com o presidente do conselho, Plinio Dias, o assunto será tratado na reunião do CNTRC agendada para outubro. A informação foi publicada pelo colunista Chico Alves, do UOL.

Plinio disse que muitos caminhoneiros têm defendido a paralisação, como forma de pressionar o governo a baratear o combustível. “Tem vários motoristas querendo parar, mas tudo vai depender desse encontro no Rio”, comentou.

O líder dos caminhoneiros também endossa a cobrança por uma ação mais efetiva do Executivo Federal. “Nossa intenção é que o presidente Bolsonaro e o presidente da Petrobras resolvam isso, pois está nas mãos deles”, acrescentou.

Em 2018 a categoria promoveu uma greve nacional que gerou desabastecimento de combustíveis e alimentos. Em setembro deste ano, os caminhoneiros fizeram uma nova paralisação. Desta vez a manifestação ocorreu após os atos do Sete de Setembro em apoio a Bolsonaro. Na ocasião, 16 estados tiveram estradas bloqueadas pelos caminhoneiros.

Segundo a Folha de S.Paulo, Wallace Landim, o Chorão, um dos líderes da greve de 2018, disse que os caminhoneiros estão tentando reunir apoio de outros setores e trabalhadores, como motoristas de aplicativos e taxistas, para planejar uma reação em conjunto.

“Temos um presidente que vem a público e fala que não é mágico. A narrativa dele não era essa. Ele precisa se envolver e chamar a responsabilidade, porque ele é chefe da nação”, diz.

Já José Roberto Stringasci, presidente da ANTB (Associação Nacional de Transporte do Brasil), disse, segundo a Folha, que a paralisação será inevitável até o final do ano, caso o governo não altere a política de preços dos combustíveis com urgência.

“A categoria resolveu dar mais uma vez crédito para o presidente e para a política no último dia 7 [de Setembro], e já perceberam que foram enganados novamente”, diz Stringasci.