Eduardo Bolsonaro diz que aceitaria renunciar ao mandato para assumir embaixada

vemvercidade 12 Jul, 2019 10:20 - Atualizado em 12 Jul, 2019 10:23
Deputado afirmou que, caso seja confirmado no posto, assumirá a missão de "reatar as relações" com os EUA e "resgatar a credibilidade brasileira no exterior"
Foto: Paola de Orte/Agência Brasil Deputado afirmou que, caso seja confirmado no posto, assumirá a missão de "reatar as relações" com os EUA e "resgatar a credibilidade brasileira no exterior"

O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) afirmou ontem (11) que aceitaria renunciar ao mandato caso seja de fato indicado a novo embaixador do Brasil nos Estados Unidos.

"Sim, se o presidente Jair Bolsonaro me confiar essa missão, eu estaria disposto a renunciar ao mandato", declarou Eduardo a jornalistas, de acordo com a Folha.

A declaração foi feita pouco depois de o presidente ter confirmado a decisão de indicar seu filho para chefiar a missão diplomática do Brasil em Washington. Bolsonaro chegou a afirmar que a nomeação só dependia dele.
Durante a entrevista, Eduardo tratou a possível nomeação para o cargo sempre como uma hipótese, apesar da confirmação de seu pai. No entanto, ele disse ter as qualificações para comandar a embaixada.

O parlamentar ainda alegou que um estudo de sua assessoria técnica concluiu que sua indicação como embaixador não se enquadraria em normas que vedam casos de nepotismo.

"Cabe aos advogados estudarem a súmula vinculante do STF (Supremo Tribunal Federal). A primeira análise que fizemos aqui seria que não se enquadraria nisso. Seria uma indicação igual à indicação de um ministro, estaria fora da questão do nepotismo", argumentou.

O parlamentar disse que, caso seja confirmado no posto, assumirá a missão de "reatar as relações" com os EUA e "resgatar a credibilidade brasileira no exterior".

Citando o caso de seu irmão Carlos Bolsonaro, que foi eleito vereador no Rio de Janeiro pela primeira vez aos 17 anos, mas conseguiu assumir o mandato por ter atingido a maioridade antes da posse, Eduardo afirmou ser uma "coincidência" o anúncio de seu pai ocorrer um dia depois de o deputado completar 35 anos, idade mínima para alguém ser indicado a embaixador.