Em discurso de posse, Bolsonaro promete 'restabelecer a ordem' no Brasil

vemvercidade 01 Jan, 2019 18:13 - Atualizado em 02 Jan, 2019 10:07 G1
Em discurso no parlatório para público concentrado na Praça dos Três Poderes, foi chamado de 'mito', acenou com bandeira do Brasil e disse que o país começa a 'se libertar do socialismo'.
Foto : Marcelo Camargo / Agência Brasil Em discurso no parlatório para público concentrado na Praça dos Três Poderes, foi chamado de 'mito', acenou com bandeira do Brasil e disse que o país começa a 'se libertar do socialismo'.

O presidente Jair Bolsonaro prometeu nesta terça-feira (1º), ao discursar no parlatório do Palácio do Planalto após receber a faixa presidencial do agora ex-presidente Michel Temer, "tirar o peso do governo sobre quem trabalha e produz" e "restabelecer a ordem" no país.

Depois de garantir que o governo dele implementará as reformas necessárias para o Brasil avançar, Bolsonaro afirmou que agora tem o desafio de "enfrentar os efeitos da crise econômica", o "desemprego recorde", a "ideologização" das crianças, o "desvirtuamento dos direitos humanos" e a "desconstrução da família".

"Vamos propor e implementar as reformas necessárias. Vamos ampliar infraestrutura, desburocratizar, simplificar, tirar a desconfiança e o peso do governo sobre quem trabalha e quem produz", discursou o novo presidente aos apoiadores que lotavam a Praça dos Três Poderes para acompanhar o pronunciamento.

Ao longo do discurso de oito minutos, Bolsonaro também afirmou que, com a posse dele, o Brasil "começou a se livrar do socialismo" e disse que é "urgente acabar com a ideologia que defende bandidos e criminaliza policiais".

"É com humildade e honra que me dirijo a todos vocês como presidente do Brasil. E me coloco diante de toda a nação, neste dia, como o dia em que o povo começou a se libertar do socialismo, da inversão de valores, do gigantismo estatal e do politicamente correto (Jair Bolsonaro)

Ao final do discurso, ele abriu, com o auxílio do vice-presidente da República, general Hamilton Mourão, uma bandeira do Brasil e citou um dos cânticos que marcaram protestos contra o governo Dilma Rousseff.
"Essa é a nossa bandeira [a do Brasil, verde e amarela], que jamais será vermelha", enfatizou, sob aplausos de apoiadores que estavam na Praça dos Três Poderes.

Em outro trecho do discurso, Bolsonaro voltou a agradecer a Deus por ter sobrevivido ao atentado à faca durante a campanha eleitoral e aos eleitores que o elegeram presidente da República.

Ele ressaltou, mais uma vez, que a eleição presidencial deu "voz" a quem não era ouvido e que o desejo expresso nas ruas e nas urnas foi de "mudança".

O novo chefe do Executivo destacou que foi eleito "com a campanha mais barata da história" e disse que vai combater o que classificou de "ideologias nefastas" que tentam "dividir os brasileiros".

"Não podemos deixar que ideologias nefastas venham a dividir os brasileiros, ideologias que destroem nossos valores e tradições, que destroem as nossas famílias, alicerce da nossa sociedade", declarou.