Em menos de dois meses, Feira de Santana já teve mais casos de dengue do que em 2018 inteiro; duas mortes foram confirmadas

vemvercidade 22 Fev, 2019 09:20 - Atualizado em 22 Fev, 2019 09:23
O aumento de notificações somente nestes 52 dias do ano é de 43%.
Reprodução/Internet O aumento de notificações somente nestes 52 dias do ano é de 43%.

Os casos confirmados de dengue em Feira de Santana em 2019 já superam os registros feitos na cidade em 2018 inteiro, com aumento de 19%. Nesses 52 dias de 2019, duas mortes já foram registradas e outras duas estão em análise pela Secretaria de Saúde do Estado (Sesab).

Segundo dados da Vigilância Epidemiológica do município, 600 casos de dengue haviam sido confirmados até essa quinta-feira (21), sendo que, no ano passado, foram 503

A cidade que, segundo a Sesab, vive uma epidemia de dengue já notificou 1.617 casos suspeitos da doença em 2019, bem acima das 1.128 notificações de todo o ano de 2018. O aumento de notificações somente nestes 52 dias do ano é de 43%.

Os locais de maior preocupação são os bairros: Conjunto Viveiros da Feira, Gabriela, Tomba, Feira X, Brasília e Sítio Matias e nos distritos de Matinha, Maria Quitéria e Humildes.

A Sesab informou que ainda não tem dados atualizados sobre a dengue na Bahia, mas o último levantamento, realizado até a primeira semana de fevereiro, mostra que os casos de notificações de dengue no estado aumentaram 134%. Foram registrados 1.533 casos suspeitos de dengue em 82 municípios, 87 de chikungunya em 23 cidades e 26 de zika em 12 municípios. Em relação ao ano passado, houve redução de 68,7% dos casos notificados de chikungunya e redução de 82,8% de zika.

A coordenadora da Vigilância Epidemiológica Municipal, Francisca Lúcia de Oliveira, informou ao jornal Correio que há 237 agentes de endemias atuando no combate à dengue na cidade, e que há duas equipes de cinco a seis pessoas usando bombas costais com produto para matar as larvas nas residências.

Ela relatou ainda que a dificuldade maior é saber onde estão as casas com os focos, porque “87% dos casos de focos são dentro das residências”.

“Estamos em ações emergenciais com outras secretarias, passando nos bairros e distritos mais preocupantes e visitando locais de lixo, como terrenos baldios”, declarou ela.