Empresário bolsonarista que obrigou funcionárias a filmar voto pagará indenização de R$ 150 mil
Depois de ser denunciado por obrigar funcionárias a colocarem “o celular no sutiã” para filmarem o voto na urna eletrônica durante as eleições, o empresário do setor do agronegócio Adelar Eloi Lutz assinou um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) com o Ministério Público do Trabalho (MPT-BA).
O acordo, assinado na terça-feira (25), prevê que o homem faça uma retratação pública, reforçando o direito de liberdade de voto, além do pagamento de indenização por danos morais coletivos no valor de R$ 150 mil. O dinheiro deverá ser depositado em até 30 dias na conta do Fundo de Promoção do Trabalho Decente (Funtrad).
De acordo com o órgão, os recursos que serão destinados para projetos que fortalecem o trabalho digno na própria região onde Adelar Eloi tem diversas propriedades de grande porte. Ele é do município de Formosa do Rio Preto.
O empresário recebeu prazo de 48 horas, a contar da assinatura do termo, para publicar nas redes sociais um vídeo em que esclarece que assediar trabalhadores é uma prática ilegal. Além disso, ele deverá orientar todo trabalhador que se sentir constrangido pelo patrão a denunciar o caso ao MPT.