Estudantes ocupam Campus XIV da Uneb de Conceição do Coité contra PEC 241

vemvercidade 29 Out, 2016 19:41 - Atualizado em 29 Out, 2016 19:49 Diário do Sisal
Universitários iniciaram a ocupação do espaço físico da universidade por tempo indeterminado, a fim de tentar pressionar o Governo Temer a rever medidas da PEC 241.
Reprodução/Diário do Sisal Universitários iniciaram a ocupação do espaço físico da universidade por tempo indeterminado, a fim de tentar pressionar o Governo Temer a rever medidas da PEC 241.

Estudantes universitário dos cursos de Letras Vernáculas, Letras com Inglês, Licenciatura em História e Comunicação Social do Campus XIV da Uneb de Conceição do Coité, iniciaram a ocupação do espaço físico da universidade por tempo indeterminado, a fim de tentar pressionar o Governo Temer a rever medidas da PEC 241, que impõe um teto de gatos públicos. Eles conversaram com exclusividade com o blogDiário do Sisal na tarde desta sexta-feira (28) quando apresentaram as reivindicações do movimento.

De acordo com Marina Santa Rosa, 23 anos, do curso de História, o movimento de ocupação é pacífico contra a PEC que tira direitos dos estudantes e da sociedade civil. “Esta PEC não foi negociada com a sociedade que será atingida com o congelamento, por 20 anos, dos investimentos sociais, da saúde e da educação. É um momento também para lutarmos por uma universidade pública, gratuita e de qualidade”, afirmou.

Rúthila de Almeida Araújo, 21anos, estudantes de História, disse que o movimento é de total repúdio a PEC 241. “Esta PEC, para nós, futuros professores, atinge todo o investimento do sistema público, desde o ensino fundamental ao superior”, defendeu. Moisés Saturnino Araújo, 24 anos, também do curso de História, além de defender a derrubada da PEC 241, os estudantes querem a qualificação dos investimentos e o combate da corrupção, que desvia recursos de setores essenciais. “As medidas de combate a corrupção são inerentes a todo poder público e devem ser mantidas em todas as esferas de poder. Isso também deve vir atrelada a qualificação da aplicação dos recursos, mas não ao congelamento dos investimentos, que só prejudica as camadas mais pobres da população”, disse.

Yuri Barbosa Martins de Oliveira, 20 anos, do curso de Letras Vernáculas, disse que não vê benefícios da PEC 241 para setores como Educação e Saúde, mesmo com o governo permitindo a elevação dos investimentos atrelados ao índice inflacionário do ano anterior. “Um orçamento em que apenas se repõe a inflação do ano anterior é insuficiente para atender a demanda. Limitar investimentos nestes setores demonstra insensibilidade do governo federal, porque a demanda é sempre crescente”, afirmou.

Os estudantes informaram que, no decorrer da semana realizaram assembleias nos três turnos e que o movimento conta com adesão de mais de 50% dos alunos de cada curso. “Não vamos manter nossas atividades restritas a universidade, mas convocar os movimentos sociais organizados, as representações partidárias e sensibilizar a população para conhecer os riscos que essa PEC traz ao país”, concluiu Santa Rosa.

Foto: Noticias do Sisal