Federal do Sul da Bahia é universidade do país mais afetada por cortes

vemvercidade 16 Mai, 2019 19:23 - Atualizado em 16 Mai, 2019 19:25

Está na Bahia a universidade federal mais afetada com os bloqueios do Ministério da Educação (MEC). Conforme divulgou o Correio da Bahia, a Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) teve 53,96% de seu orçamento discricionário afetado, estando no topo das intervenções de todas as universidades. 


Os dados são da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), que lançou nesta quinta-feira (16) o "Painel dos Cortes", que detalha o orçamento das instituições de ensino.


No custeio, o orçamento da UFSB era de R$ 17.620.589. Foram cortados R$ 5.213,565, uma porcentagem de 29,59%. Nos investimentos, o orçamento da universidade era de R$ 13.909.074 e foram cortados R$ 11.801.066, 84,84% do valor.


De acordo com a Andifes, o valor do orçamento das 70 universidades federais era de R$ 6,99 bilhões e foram cortados R$ 2,08 bilhões, 29,74% do total.

São 1.336.977 estudantes prejudicados, 398.100 vagas ameaçadas, 202.395 mestrandos e doutorandos prejudicados, além de 5.118 cursos em risco.


Nos cortes específicos, a Implantação da Universidade Federal do oeste da Bahia (Ufob) sofreu um corte de 36,53%. A implantação da Universidade Federal do Sul da Bahia (Ufesba) teve corte de 35,42%.


Em nota, a UFSB afirmou que está em diálogo com o MEC sobre os impactos e as implicações dos cortes nas atividades institucionais e que as restrições orçamentárias ameaçam serviços básicos da universidade. O orçamento discricionário envolve contas de luz, água e pagamento de terceirizados, entre outros.


"A Universidade Federal do Sul da Bahia foi criada em 2013 para atender a população do Sul e Extremo Sul da Bahia, que tanto reivindicou a presença de uma universidade federal nos seus territórios. E é uma das que mais sofreram com o corte. Na verdade, houve outras restrições orçamentárias sem reposição nos últimos anos, mas esse bloqueio ameaça, pela inviabilização iminente, serviços básicos e cumprimento de contratos de serviços", disse a UFSB em nota.


De acordo com a universidade, o principal risco é de ter obras dos três campi atuais interrompidas e afirma que para manter as atividades fundamentais, será necessário fazer ajustes.


"Assim, neste momento, diante do quadro aqui exposto, seremos obrigados a reduzir o percentual de recursos para pesquisa e extensão no patamar de 30%, na tentativa de honrarmos o pagamento dos contratos de pessoal terceirizado, energia e água, serviços essenciais para o funcionamento da instituição. As bolsas e auxílios de Assistência Estudantil serão mantidos integralmente, e a gestão se compromete a resistir ao máximo para que não sejam afetados e para que as políticas institucionais de inclusão não apenas permaneçam, mas sejam incrementadas", ressaltou a UFSB em nota.