II Simpósio Matemático do Colégio Ação mostra como os números se fazem presentes no dia a dia

vemvercidade 29 Mai, 2019 17:44 - Atualizado em 29 Mai, 2019 22:29
Estudantes do Colégio Ação desbravaram a ‘ciência dos números’ no II Simpósio Matemático
Foto: VemVer Cidade Estudantes do Colégio Ação desbravaram a ‘ciência dos números’ no II Simpósio Matemático

Uma das matérias escolares que mais dividem opiniões quando o assunto é preferência, é a Matemática. Para uns ela simboliza satisfação, para outros tortura. Gostando ou não, ninguém pode negar a sua importância, não só dentro, como fora do ambiente escolar. Nesta terça e quarta-feira (28 e 29), estudantes do Colégio Ação desbravaram a ‘ciência dos números’ no II Simpósio Matemático, evento realizado no Santaluz Sisal Clube.

Demostrando grande domínio de conhecimentos matemáticos, os estudantes do fundamental e ensino médio defenderam, além do pragmatismo da disciplina que está em tudo à nossa volta, o lado humano e artístico da matemática através de apresentações lúdicas que encantaram o publico presente.

Música são números!

(Foto: VemVer Cidade)

A primeira apresentação do simpósio foi realizada por alunos do 9° ano do Fundamental. Eles destacaram que os números são pilares da música e sem ela fica inviável compreender/estudar a canção em seu todo. Conforme os estudantes, o som é medido pela matemática através da intensidade, frequência e timbre. “Intensidade é referente à amplitude das oscilações da pressão do ar, frequência é o número de oscilações que acontecem por unidade de tempo e timbre mede a presença de harmônicos no som”, explicam.

Números conectam!

(Foto: VemVer Cidade)

Atualmente, graças à presença constante das ferramentas digitais no dia a dia, as aplicações da matéria são ainda mais visíveis. Foi o que destacou os alunos do 1° ano do Ensino Médio durante apresentação. Eles explicaram a função dos algoritmos nas redes sociais (Facebook e Instagram) e nos serviços de streaming (Netflix e Spotify). Conforme os estudantes, esses serviços digitas "advinham" o que você deseja ver e ouvir. “Para alcançar tal precisão, essas plataformas se baseiam em equações e cálculos de probabilidade. Essas contas podem incluir seus gostos, idade e até círculos sociais”, disse um dos estudantes.

Além disso, os estudantes trouxeram números e curiosidades das plataformas digitais mais usadas no mundo, como o Facebook, Instagram, YouTube, Twitter e o Snapchat.

Amor em números 

(Foto: VemVer Cidade)

Com o tema ‘O Amor em tempos de matemática’, a apresentação dos alunos do 2° ano (Ensino Médio) foi um convite à descoberta da beleza, da poesia e do romance por trás dos números.

Por meio de várias pesquisas, os alunos destacaram estudos químicos que explicam todos os sintomas relacionados a afetividade — que são causados por combinações numéricas de fluxos de substâncias químicas fabricadas no corpo da pessoa apaixonada, como a adrenalina, noradrenalina, feniletilamina, dopamina, oxitocina, a serotonina e as endorfinas.

“A área de exatas é muito mais do que números, há vários significados em uma determinada combinação numérica, há compreensão, existe uma lógica por trás de todas essas coisas e formas. O simpósio traz essa visão diferenciada sobre a matemática e também sobre as outras áreas das exatas, que também conecta com as áreas de humanas e linguagens”, explica o estudante Lucas Reis, um dos integrantes da apresentação.

O acaso e os números! 

(Foto: VemVer Cidade)

Os alunos do 3ª ano realizaram uma apresentação detalhada sobre os conceitos matemáticos da probabilidade com dinâmicas interativas com a plateia.

Quem nunca pensou em ficar milionário jogando na Mega-Sena? Essa foi uma das dinâmicas, onde a plateia simulou um aposta no concurso mais cobiçado do país.  Os estudantes explicaram que a probabilidade de uma pessoa acertar as seis dezenas é de 0,000002% de chance. Eles realizaram um calculo aplicando uma combinação simples de 60 elementos tomados 6 a 6.

“O Simpósio surge como iniciativa que visa articular outras disciplinas com a matemática, e conteúdos que as pessoas nem sempre acreditam que fazem parte da matemática, a exemplo da música, do amor e o acaso. A iniciativa proposta pela professora é justamente introduzir esses conhecimentos dentro da matemática para mostrar que ela vai muito além do que o que aprendemos em sala de aula”, destacou Iasmin Oliveira, aluna do 2 ano.

O evento ainda contou com palestras, rodas de conversa, e outras apresentações lúdicas realizadas pelos estudantes da instituição, tais como Matemática recreativa, A medida de onde moro, Jogo Quiz: Resolução de problemas, A matemática na produção e comércio de sisal, A Estatística no reino animal, Matemática no esporte e as As fórmulas do corpo humano.

A frente do projeto, as professoras Tâmara Jatobá e Kadine Reis falam sobre o II Simpósio Matemático e o desafio de trabalhar com a disciplina. 

Professoras Kadine Reis e Tâmara Jatobá.  (Foto: VemVer Cidade)

“O nosso desafio é desmitificar o conhecimento matemático, fazendo com o que os nossos alunos pensem a disciplina como algo interessante, como algo que está no dia a dia das pessoas. A nossa tentativa é trabalhar a matemática de uma forma tranquila e lúdica,  trazendo  temas do cotidiano e relacionar com conhecimentos básicos matemáticos para que todos aprendam brincando a arte da matemática”, disse Tâmara.

“Os trabalhos do Simpósio Sugeriram de varias ideias durante o primeiro semestre, e essas ideias foram trazidas em forma de apresentações relacionadas ao conhecimento matemático adquirido pelos alunos. Estou muito feliz em ver os resultados dos trabalhos sendo apresentados por eles”, destacou Kadine.

 A diretora do Colégio Ação, Jussara Secondino, também fala sobre o objetivo do evento e destaca avanços nesse segundo simpósio promovido pela instituição. 

“A ideia do Simpósio de matemática da Ação tem como perspectiva desenvolver as competências em matemática. Nós percebemos ao longo do tempo que existe uma dificuldade muito grande do alunado entender que matemática é um desafio cognitivo assim como outro qualquer do campo da inteligência, ou mesmo do desenvolvimento da neurociência. E A tempos agente vem perseguindo essa possibilidade”, explica Secondino.

Diretora  do Ação, Jussara Secondino. (Foto: VemVer Cidade)

“O primeiro Simpósio foi muito interessante pelo campo da pesquisa. E esse segundo agora foi muito viabilizado nos ramos de pesquisa que eles tentaram percorrer, então eu vejo de modo muito satisfatório esse trabalho desenvolvido, porque quando eles optaram por sentimentos e emoções, usaram a interdisciplinaridade, interlocutando com biologia, com status matemáticos, com cálculo, trazendo a filosofia como pano de fundo e percorrendo na história da humanidade esses sentimentos de Aristóteles de outros pensadores matemáticos”, analisa a gestora.

“Tudo isso deu um sentido muito embasado ao nosso Simpósio, permitiu a pesquisa, permitiu o prazer quando eles estavam apresentando, permitiu a possibilidade de desenvolver as competências e, para o nosso congraçamento, permitiu a possibilidade da união entre o ensino médio e o ensino fundamental onde a matemática era o plano de fundo de todas as possibilidades pesquisadas e de todos os caminhos percorridos”, finaliza Jussara Secondino. 


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