Legionário Urbano: Brincar virou coisa de velho em Santaluz, as telas dominam o lazer da juventude

vemvercidade 23 Jan, 2017 13:10 - Atualizado em 23 Jan, 2017 13:13 Legionário Urbano
Antigamente nossas crianças se distraiam com as brincadeiras de época: pião, bola de gude, empinar pipa, até outras brincadeiras
Reprodução Antigamente nossas crianças se distraiam com as brincadeiras de época: pião, bola de gude, empinar pipa, até outras brincadeiras

Sabemos que em Santaluz, mesmo sem muita estrutura os luzenses procuravam se divertir e se distrair o máximo das mazelas da vida e das exaustivas jornadas de trabalho que sempre fizeram parte da rotina desses guerreiros.

Para se divertir nossos ascendentes aproveitavam os festejos religiosos culturais e esportivos e quando crianças se distraiam com as brincadeiras de época: pião, bola de gude, empinar pipa, até outras brincadeiras de grupo como pega-pega, soldado e ladrão, além das brincadeiras de roda em noite de lua cheia quando as ruas ficavam cheias de crianças por se tratar de um período em que a violência não era tão evidente no município.

Brincar afinal parece que se tornou coisa velha por aqui, coisas da memória daqueles que viveram a infância em outra época, brinquedos pouco a pouco são substituídos por versões online e por maquinas que enchem os olhos das crianças e jovens e os fazem deixar de lado nossos outrora tão utilizados jogos e brinquedos tradicionais, quando pedaços de flechas ou outro tipo de bastão qualquer, duas latas ou garrafas e um bola simples - rebatida - garantiam uma boa prática de lazer, atividade física e socialização entre a garotada.

Tabletes e Smartfones cada vez mais cedo nas mãos de crianças veem substituindo o brincar, o baba na ruas vem sendo deixados de lados pelos consoles de campeonatos eletrônicos em várias plataformas, jogos de cartas e tabuleiros ganharam versões na internet ou em aplicativos que te permitem jogar a qualquer horas, mas não reúnem os amigos para um bate-papo e reencontros e o pequi-esconde, há estes foi escondido nas lembranças, já que cada vez mais aparecer é a carta da vez.

Nos resta torcer, já que em todo mundo uma onda de tentativas de ressuscitar velhos hábitos como meios de sobreviver às mazelas  modernas  vem sendo crescente e a busca de respostas e saídas no passado uma realizada cada vez mais presente, quem sabe um  dia nosso filhos ou netos preferiram correr em nosso quintais e reunir os amigos pra jogar e se divertir como nosso pais e avós e até nós um dia fizemos.


Leiam Também:

Talvez os velhos hábitos sejam o caminho a ser seguido para se reencontrarmos a um dia “enfadonha” paz do interior.

O enredo se repete pelos interiores a fora.